BEM-VINDO!!!

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Dia 23/11/09- Projeto

Na noite de 23/11, às 18h, reuniram-se nas dependências da SMEC, a formadora Daiane e as cursistas do Gestar II de Língua Portuguesa, para uma oficina de elaboração e acompanhamento do projeto de conclusão deste trabalho de formação continuada. As professoras, e também a formadora, trouxeram livros, materiais e em conjunto trocaram ideias sobre os temas que cada uma está desenvolvendo. Também foram até a biblioteca da SMEC para pesquisar no acervo e na internet.

Dia 16/11/09-Oficina 2-TP1

No dia 16 de novembro realizou-se a oficina 2 referente ao TP1:Linguagem e Cultura. Como já havia sido combinado na oficina anterior, cada grupo apresentou uma unidade do TP1, isto é, unidade 1, 2, 3 e 4. Os grupos fizeram ótimos trabalhos, foram bem criativas, trouxeram sugestões de atividades referentes ao tema de cada unidade, utilizaram vídeos e slides, entregaram uma síntese da unidade para as colegas. Cada grupo também ficou responsável de escolher e realizar com as colegas uma das atividades práticas das oficinas 1 e 2, no final do TP.
Foi uma oficina longa, mas muito produtiva, já que todos puderam interagir e contribuir para o conhecimento do outro.
Na avaliação da oficina comentaram que gostaram muito do trabalho com este TP, pelo tema e pela metodologia diferenciada proposta. Ao final fizemos uma exposição dos trabalhos desenvolvidos em sala de aula sobre o tema deste TP, trabalhos maravilhosos e criativos.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Dia 09-11-09 - Oficina 1 - TP1:Linguagem e Cultura

Na noite do dia 09 de novembro realizou-se a Oficina 1 com o primeiro TP, sendo que haviamos começado pelo TP3 e agora, retomaremos com o estudo do TP1 e 2 para então finalizar o estudo de todos os TPs.
A reunião iniciou com a mensagem em power point "A aula", promovendo uma reflexão sobre o papel e a importância do professor diante do aluno. Depois passou-se para os relatos do "Avançando na pratica" e a exposição dos trabalhos dos alunos que cada professora cursista sempre traz. Este momento sempre demora um certo tempo, o que e bom, pois todas querem interagir, opinar e observar as atividades desenvolvidas e os resultados obtidos.
Na terceira parte do encontro, dividiu-se o grupo em quatro para estudo e elaboração de uma apresentação das unidades do TP1. Foi sugerido que preparem slides, textos e atividades diferentes das do TP, video sobre o tema da unidade e uma sintese para entregar aos outros grupos. Elas terão tempo para preparar tudo e apresentar na proxima oficina.
Ao final fizemos em conjunto uma avaliação de como foi este encontro. O grupo comentou que achou bastante significativa a mensagem inicial e que gostam muito de desenvolver trabalhos em grupo.

Oficina de Orientação e acompanhamento ao projeto

No dia sete de novembro, nos turnos da manhã e tarde, reuniram -se as professoras cursistas e a formadora do Gestar de Lingua Portuguesa nas dependências da SMEC para uma oficina de orientação e acompanhamento do projeto, que esta sendo muito bem desenvolvido e cada vez mais enriquecido nesses encontros. Nesta oportunidade tambem houveram as apresentações sobre a Jornada de Literatura de Passo-Fundo, sendo que foi mencionado por todas as presentes a extrema importância deste evento para os profissionais da educação, principalmente nas areas de Literatura e Lingua Portuguesa.

domingo, 8 de novembro de 2009

Oficina Aberta-Jornada Nacional de Literatura-Arte e Tecnologia:novas interfaces



Na semana de 26 a 30 de outubro realizou-se a Decima Terceira Jornada Nacional de Literatura de Passo-Fundo e a Quinta Jornadinha Nacional de Literatura(para crianças e adolescentes), na qual a formadora do Gestar e algumas cursistas tambem participaram, com a tarefa de depois socializar com as demais professoras cursistas, apresentando uma sintese dos trabalhos desenvolvidos nos seminarios, cursos e conferências.
A Jornada Nacional de Literatura significa um dos eventos mais importantes da região sul na area de leitura, arte, e neste ano, como não poderia deixar de ser, abrangendo tambem o tema tecnologia, que cada vez mais se faz presente no nosso cotidiano e principalmente, dos nossos alunos, uma nova geração, muito mais digital e virtual. Por tudo isso precisamos cada vez mais estar nos aperfeiçoando para não ficarmos para tras.
Diante de tantas tecnologias a disposição de todos, conquistando principalmente o publico jovem, constata-se que urgentemente o sistema educacional precisa se adaptar para atender as novas exigências que surgem e conseguir cumprir o seu papel.
Neste evento podemos entrar em contato com muitos escritores, musicos, cineastas, pesquisadores...e com uma grande diversidade de ideias e conhecimentos, que nos levam a abrir nossos horizontes. Esta jornada, com certeza cumpriu seu papel, de mostrar e valorizar as diversas formas de arte, não somente a literatura, a palavra escrita.
Foi um Sucesso!!!
Definitivamente, os cinco dias da 13ª Jornada e 5ª Jornadinha Nacional de Literatura fugiram ao ritmo normal do tempo. Foi uma semana que nunca sairá da lembrança dos seus mais de 30 mil participantes.

Momentos da 13ª Jornada
"A pior amnésia não é esquecer de onde viemos, mas sim esquecer para onde estamos indo!" Marcelo Dantas, em sua conferência Espaços culturais e convergência das mídias, em 27/10.
(segunda foto inicial)

"Não há nada mais legal no mundo do que esse entusiasmo, essa febre, essa cidade que lê seis livros por ano, essa coisa dos autores chegarem aqui e encontrarem seus livros, as pessoas perguntando detalhes do ãmago de suas histórias, isso é algo que não existe em nenhuma parte do mundo!" Tom Zé, responsável pelo show de encerramento da 13ª Jornada.
(primeira foto inicial)

OFICINA ABERTA - PEÇA TEATRAL:O Santo guerreiro e o heroi desajustado

No dia 20 de outubro os professores do Gestar de Lingua Portuguesa participarão juntamente com seus alunos de uma atividade cultural. Irão assistir a uma peça de teatro na praça do municipio, e depois desenvolverão atividades em sala de aula sobre a peça assistida. Posteriormente, na proxima oficina cada professor fara um relato do trabalho desenvolvido a partir da peça.

TEATRO DE RUA - Cia São Jorge de Variedades (SP)

Uma companhia de teatro, caminhando há século em busca do mar, chega à metrópole. É neste imenso “oceano” que ela vem apresentar a história de Dom Quixote e de São Jorge Guerreiro. O honrado fidalgo Quixote, em sua luta individual e solitária, enxerga na grande cidade a imagem da sua amada Dulcinéia. Seus nobres ideais entram em conflito com as regras e leis que regem a metrópole; Quixote e Sancho Pança, então, acabam vendo-se perdidos, inadaptáveis à contemporaneidade. São Jorge, o santo popular, vem resgatá-lo e revelar a importância da coletividade que ainda pulsa na cidade. O roteiro se desenvolve como num desfile de escola de samba, com carros alegóricos em forma de barco, diferentes alas e samba-enredo.

Direção: Rogério Tarifa

Dramaturgia: Marcelo Reis / Rogério Tarifa/ Alexandre Krug

Direção Musical: Georgette Fadel, Nina Blauth e Jonathan Silva

Elenco: Marcelo Reis, Patrícia Gifford, Paula Klein, Rogério Tarifa, Mariana Senne,
Rodrigo Ramos, Candido Jorge de Lima, Jonathan Silva, Manuel Boucinhas, Fernanda Machado,Nina Blauth, Luis Marmora, Isabel Soares, Glauber Pereira, Jordana Dolores, Lílian de Lima, Luciana Cunha , Darcio de Oliveira, Vanessa Carvalho e Vivian Bertocco.

Duração do espetáculo: 100 min
Horário: 15 hs
Local: Praça Central

OFICINA 12- O processo de produção textual-Literatura para adolescentes

No dia 19 de outubro, realizou-se a oficina 12 do Gestar de Lingua Portuguesa, na qual terminamos o TP6, com as unidades 23 e 24 que tratava da revisão e edição de textos e sobre a literatura para adolescentes.
Iniciamos a reunião com a apresentação de um slide motivacional, dando incentivo e força aos professores cursistas para encerrar bem o ano que se aproxima do fim, fase de muito trabalho, dificuldades e expectativas.
A formadora levou ao grupo algumas considerações repassadas no encontro de POA, com o objetivo de refletir e discutir sobre alguns aspectos do ensino e do trabalho de sala de aula, principalmente o trabalho com a produção e revisão de textos e a leitura. Houve um profundo debate e troca de ideias, passando do tempo previsto, mas percebeu-se que o objetivo foi alcançado com êxito. Depois, fizemos uma revisão das unidades com os aspectos mais importantes atraves de slides trazidos pela formadora e cada cursista fez o relato do "Avançando na pratica" que aplicou com seus alunos, parte esta que sempre enriquece a pratica de sala de aula pela troca de ideias, sugestões e experiências.
A atividade pratica da oficina com as obras infanto-juvenis foi uma atividade prazerosa, os livros trazidos foram bem diversificados, obras classicas, atuais...
Os grupos dedicaram-se muito na realização da proposta resultando em variadas sugestões de se trabalhar a leitura em sala de aula, uma forma mais criativa que a outra. Foi uma atividade que todos gostaram e pretendem aplicar logo com seus alunos.
Avaliando a oficina, todos concluimos que foi muito proveitosa e enriquecedora, e que com certeza nos levou a repensar e mudar algumas metodologias.

domingo, 18 de outubro de 2009

Artigo de opinião sobre o Filme "LÍNGUA - VIDAS EM PORTUGUÊS"(Filme de Victor Lopes, 2001)

Este filme conta com a participação de Saramago, Martinho da Vila, João Ubaldo Ribeiro, Madredeus e Mia Couto. Foi filmado em Portugal, Índia, Moçambique, França, Japão e Brasil. "A construção visual é muito importante para o filme, mas não é uma busca estética, e sim de sentido. É um filme oral, mas imagético também. Não é à toa que o chão de uma praia africana corta para o chão de Portugal. Trata-se da criação de um território universal da língua", resume o diretor.

Língua não é sinônimo de linguagem. A língua é "uma" das formas de linguagem, uma forma que utiliza palavras. Como é produzida e desenvolvida dentro de contextos sociais e culturais, pessoas de diferentes grupos sociais empregam-na de modos diferentes, em diferentes
momentos históricos e diferentes espaços geográficos, mesmo quando falamos de uma mesma língua, no caso, o português.
Quando nos referimos à "Língua Portuguesa" estamos falando de uma unidade que se constitui de muitas variedades. Embora no Brasil haja apenas uma língua nacional, notam-se diferenças na pronúncia, no vocabulário, na maneira de organizar as palavras na frase. O português falado em Portugal não é o mesmo que se fala no Brasil, tampouco se fala da mesma maneira em todas as regiões brasileiras.
Embora a língua oficial do nosso país seja o português, não a empregamos da mesma maneira que outros povos que também falam português, como os habitantes de Portugal, de Angola, de Moçambique..., ou ainda outros países em que a língua oficial não é o português, mas pela presença de brasileiros acabam se misturando as línguas, e não somente elas, hábitos, costumes e crenças se mesclam.
A língua varia de acordo com o tempo, o espaço em que é falada, sofre muitas influências socioeconômicas, culturais, de nível de instrução, urbanas, rurais, etc. Hoje, com a globalização, percebe-se multiculturas, mas apesar disso, ainda há uma resistência do indivíduo em preservar alguns rituais e crenças de sua origem, como uma identidade pessoal e de seu povo. Assim, nesse processo, a língua se renova, enriquece, mas sobre alguns aspectos também empobrece, pois se perde muito. Enfim, "a língua muda e se não mudasse, ainda falaríamos latim", como disse João Ubaldo Ribeiro.
Observando os vários países que falam português oficilamente, constatamos que há uma identidade entre os países lusófonos, não só na língua, mas também na música, na comida, na cultura em geral. A língua infuencia o grupo, o meio e o mundo, servindo como um instrumento de dominação, podendo exercer a libertação ou o cárcere do indivíduo.
A língua é movimento, é emoção, e é através dela que construimos nossa identidade, nossa história e aprendemos a conhecer e valorizar o outro.
Sendo assim, pela diversidade já temos uma língua muito mais "brasileira", nem tanto portuguesa. E como disse Saramago:"Não há uma língua, há línguas em português".
Diante desse contexto, o educador tem o compromisso de mostrar ao aluno que há diferentes dialetos e uma língua padrão, sendo que ambas devem ser valorizadas, e que o importante é saber adequar a linguagem. Não podemos impedir as influências sobre a nossa língua, mas podemos sim, mudar o nosso olhar e o do educando.


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Oficina 11 - TP6 - Unidades 21 e 22

Na noite de 05/10, segunda-feira, das 18h até as 22h, como sempre ocorre semanalmente, realizamos o encontro das cursistas com a formadora para realização da oficina 11, com início do TP6. A recepção foi com música e um café-lanche como de costume para receber as professoras cursistas, sendo que a maioria vem direto da escola para a SMEC.
A reunião iniciou-se com a apresentação em power point da mensagem "A presença de Deus" e reflexão sobre a mesma. Após fizemos a leitura e dabate sobre o texto "Gêneros textuais na sala de aula: entre modas e realidades", retirado do livro Olímpiadas de Língua Portuguesa. Tanto a mensagem como o texto provocaram muitas reflexões sobre a prática de sala de aula, muitas relataram experiências que já estão tendo com o trabalho com textos e gêneros textuais.
Com relação ao "Avançando na prática", a atividade que foi aplicada pela maioria, foi o trabalho com texto publicitário. Os relatos foram muito positivos, houve participação e interesse dos alunos; e também o "Júri Simulado", atividade que empolgou e motivou as turmas a participarem, assim relataram ter conseguido atingir o objetivo principal que era fazer com que os alunos entendessem a argumentação textual.
O decorrer do trabalho foi organizado em dois grupos, dividindo-se assim as unidades 21 e 22. Cada grupo esquematizou uma síntese da unidade com as ideias prinipais e após fez-se a socialização e um debate a respeito do tema tratado em cada uma. O tema que mais provocou debate foi a Produção textual, trocamos muitas sugestões e declarações de experiências.
A atividade prática da oficina foi muito legal, as finalizações do texto de Moacyr Scliar foram todas com muito humor e as atividades propostas a partir do texto foram diversificadas e criativas. Relataram que foi uma atividade prazerosa, que querem aplicar também com os alunos.
Para finalizar as cursistas fizeram a avaliação escrita da oficina e a formadora passou as orientações para o próximo encontro e para a oficina aberta.

O processo de produção textual: revisão e edição

O trabalho com a escritura textual deve ser uma prática periódica, assim como o processo de revisão. A revisão textual, coletiva ou individual, deve acontecer semanal ou quinzenalmente. O tempo entre uma revisão e outra propiciará ao educando o amadurecimento necessário para uma nova escritura. O professor pode conduzir a revisão na lousa com a contribuição dos educandos ou permitir que eles próprios realizem a revisão dos textos uns dos outros. Isso pode acontecer em duplas ou grupos maiores. Na revisão, o professor utiliza uma matriz do texto escolhido transcrito na lousa, na transparência ou datashow e seus alunos acompanham a revisão com cópia do texto escolhido. Deve-se delimitar os aspectos mais importantes a serem trabalhados em cada revisão, com textos diferentes, para que o trabalho não seja muito extenso. É importante também que o professor explique para a turma o tipo de trabalho que será feito, cuidando para não expor o aluno que produziu o texto.
O professor é o "perito do texto", o "detetive", pois é ele quem investiga as marcas textuais, isto é, as dificuldades de cada educando, observando o erro e identificando as hipóteses que o erro quer mostrar.
A partir das marcas textuais encontradas no texto o professor deve definir:
1.Nível de letramento do educando;
2.Suas hipóteses sobre o processo de escrita;
3. O conteúdo a ser trabalhado na aula de revisão;
4.Estratégias para a revisão textual.

Vejamos um exemplo, de uma parte de um texto de aluno, uma análise e algumas atividades propostas.

TEXTO
Se criasa e se felis e te a vida pela
frenti vive as aventura que o mundo tei ai cuando agente fica adolecente
vem os problema os pai fica pegano no pedajenti ai num pode isso num
podi aqilo e briga todu dia o adolecenti ai o joveim si revouta e teim muitos problema tipo assim teim minina qui aruma bariga os cara usa droga ai briga di cangi fuma bebi u adolecenti teim cupa mais tipo asim os pai podia te pasciença com nóis.


ANÁLISE
Percebe-se pelo texto do aluno, que o mesmo parece ter a idade entre 11 e 12 anos, estando possivelmente no sexto ou sétimo ano. Pela linguagem e termos usados parece tratar-se de um menino de nível socioeconomico baixo.
Quanto ao nível de letramento constata-se que o aluno cnhece o assunto sobre o qual fala, a realidade que o cerca, apresentando as ideias de forma coerente e coesa.
Analisando as hipóteses sobre leitura e escrita, identifica-se um reflexo da linguagem oral na sua escrita; o texto é coeso, porém os conetivos utilizados não seguem a norma padrão da língua. Ainda percebe-se que o aluno apresenta problemas de pontuação e estruturação de parágrafos, o que decidimos trabalhar como conteúdo nesta revisão.

ATIVIDADE
A proposta de atividade é que os alunos, juntamente com o professor, leiam o texto dividindo-o em três partes: Introdução(início), Desenvolvimento(meio) e Conclusão(fim), três parágrafos e ainda, façam a pontuação adequada. O professor deve explicar as ideias básicas do parágrafo e translineação. Ainda se poderia abordar a ortografia.

(Este trabalho foi proposto no segundo encontro de formadores(as) do Gestar II, sendo que cada grupo propôs atividades diferentes, abordando os diversos conteúdos que poderiam ser abordados com o mesmo texto).Pretende-se utilizar esta mesma proposta para trabalhar com as cursistas, na unidade 23 do TP6.

domingo, 4 de outubro de 2009

Aprendendo com o Gestar II

O programa Gestar II que está realizando-se no nosso estado do Rio Grande do Sul e em vários lugares do Brasil, com o objetivo de aprimorar e aperfeiçoar o ensino da Língua Portuguesa e da Matemática, está realizando sua função e superando as expectativas, pois esta primeira etapa foi muito importante e produziu novos conhecimentos, troca de ideias e experiências entre os professores contribuindo para a melhoria e o desenvolvimento de novas estratégias de ensino.
Analisando os critérios de seleção de textos, as cursistas escolhem principalmente de acordo com a temática, relacionando-a com o contexto sociocultural e cognitivo da turma, mas ainda assim trabalham os diversos gêneros, alguns mais, outros menos. Da mesma forma a seleção da seção “Avançando na prática” segue critério idêntico.
A maior dificuldade em aplicar as atividades refere-se ao tempo para realização e aplicação, como também a formulação do relatório conclusivo das atividades desenvolvidas. Percebe-se que os professores devem desenvolver e aprimorar o hábito da escrita de sua autoria.
Com relação ao texto, a concepção teórica das cursistas ainda está focada na análise somente dos aspectos estruturais do texto: forma, ortografia, pontuação, e não dá a real importância aos argumentos, ideias e coerência dos elementos textuais. Quanto à leitura e planejamento, identifica-se atividades ainda “avulsas”, sem preocupação prévia ou motivação, sem objetivos claros e engajados uns aos outros.
O professor deve criar estratégias que levem o aluno a ler e com preender todos os aspectos do texto, desenvolvendo um trabalho pontual e sistematizado, delimitar objetivos e selecionar métodos são de vital importância para o êxito do processo de ensino-aprendizagem.
Com relação à teorias estudadas as cursistas as usam como forma de entender as atividades e também como reciclagem de conhecimento e aperfeiçoamento. Muitos professores ainda estão focados na gramática normativa e preocupados com a forma estrutural do texto, deixando um pouco de lado os aspectos de compreensão, interpretação textual e produção escrita.
Sendo assim, o Programa Gestar II pretende aperfeiçar e redimensionar a prática pedagógica dos professores que trabalham com a linguagem.
(Resumo coletivo sobre a primeira etapa do GestarII-Formadoras Daiane, Marta e coordenadora Viviane - Realização no segundo encontro em POA-28/09/09)

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Depoimento sobre o Gestar II - pela cursista Sandra C. Tombini

O Brasil vive uma realidade assustadora: alunos chegam ao nono ano sem saberem entender os sentidos de um texto ou construí-lo. Isso é reflexo de uma série de fatores, mas prefiro não me estender nesta questão. Quero, como cursista do Gestar II e como professora de Língua Portuguesa e de Literatura da Rede Pública de Carazinho, tratar da questão do ensino de língua, questão tão trabalhada em nosso curso.
O nosso contexto conta com muitos profissionais que atuam no ensino de língua materna pautados numa linguística tradicional, entendendo que ensinar subdivisões de classes gramaticais e/ou fazer a análise sintática de uma frase é o essencial para que se aprenda uma língua. Muitos são relutantes em admitir que a língua não é estanque; outros enxergam as mudanças, mas não acham tempo, ou muitas vezes, recursos financeiros para realizarem uma formação continuada na área que atuam. Há ainda colegas bem mais experientes na profissão, que possuem uma bagagem enorme e, inquestionavelmente, muito valiosa, que se questionam sobre esse "novo jeito de ensinar português".
Amo diferentes linguagens, tanto que já fui cantora de coral e de festivais escolares, pianista, já fiz teatro, já quis ser fonoaudióloga, jornalista, amo cinema, música e literatura, principalmente o nosso Cosme Velho, Machado de Assis. Na adolescência, viajei à ilha de Paquetá através de "A Moreninha", local que, posteriomente, conheci "literalmente".
Sou uma professora que ao iniciar, quase desisti da profissão. Os subsídios que a faculdade me dera não me eram suficientes para chamar a atenção de turmas lotadas e cheias de problemas extraescolares(drogas, violência doméstica,fome etc.) que eu também tinha de enfrentar. Mas como sempre gostei de tudo que envolvesse diferentes linguagens e era concursada, resolvi ficar, mas eu não me acostumei...eu me preparei e ainda me preparo...
Preparei-me conhecendo teorias que surgiram a partir da linguística textual, chegando ao seguinte veredicto: decorar normas não é suficiente para que o aluno atue com e sobre a língua eficazmente, pois mesmo conhecendo todas elas, ele pode não ter domínio de compreensão e de produção textual de gêneros distintos.
Não quero afirmar que o conhecimento de gramática não é importante( algo que é muito mal compreendido por muitos professores que afirmam abolir a gramática), pois não podemos ler, escrever, ouvir ou falar sem que conheçamos a estrutura linguistica. O que quero frisar é que o ensino da nomenclatura não é suficiente, visto que para construir os sentidos de um texto, seja através da leitura ou da escrita, há necessidade de que se conheça a língua em uso, percebendo o seu funcionamento e os efeitos de sentido produzidos por ela. As aulas de língua devem trabalhar com fatos linguísticos, percebendo a língua como ela realmente acontece. Os manuais de gramática trazem apenas a norma perfeita, não levando em consideração que a línguagem não é homogênea.
Drummond no século passado disse que "Há uma pedra no meio do caminho". A linguista Irandé Antunes(2007) parafraseou a expressão e disse "Há uma pedra no caminho nas aulas de língua portuguesa". No livro "Aula de Português" sugere que os professores devam interessar-se em “ouvir” e “ver” sua língua acontecendo: nas conversas, nos debates, nos sermões, nos jornais, nas revistas, nos livros etc, analisando o que se diz, como se diz para demonstrar como realmente a língua funciona. Eis aí a proposta do Gestar II. Assim, tanto os professores quanto os alunos podem transformar-se em observadores da língua, podendo passar a discutir os efeitos de sentido construídos com a língua e tornarem-se juntos pesquisadores fazendo um estudo contextualizado da mesma, adquirindo tanto competência linguística como comunicativa.
O programa Gestar II é um programa de formação continuada - diferente dos programas de formação ministrados pela rede municipal - que vem ao encontro do estudo da língua de forma contextualizada auxiliando os professores a tirarem as pedras do meio do caminho de suas aulas. O material é excelente, trabalha o texto enquanto efeito de sentido entre/para interlocutores. Considera a língua não homogênea, translúcida, mas como heterogênea e opaca, já que dentro de um enunciado emergem diferentes vozes,significados distintos.
Os encontros são bons, há troca de material, de experiências.... onde nós, as professoras de língua, temos um momento para refletirmos sobre o idioma, não apenas como exercício de metalinguistica, mas contruindo reflexões, inferindo significados, construindo saberes necessários a nossa prática. Há também tempo de tomarmos nosso café, interagirmos sobre as aulas, mostrar nossos ganhos e também "chorar" pelas nossas perdas. Cada turma reage diferentemente às atividades. Uns aproveitam, outros nem tanto... Mas pelo menos alguns já ganharam.
O interessante do nosso grupo é que todos estão lá para aprender. Eu mesma, quase mestre em Linguistica, sei que pouco sei... Já retomei várias teorias, aprendi como aplicá-las, tranformando o conhecimento acadêmico, tão estanque, no uso na sala de aula, a partir dos materiais trabalhados. As colegas mais jovens na profissão, como eu, aprendem com as mais experientes, as mais experientes aprendem com as mais jovens. Todos tem a ganhar.
Temos de fazer nossos alunos amarrar os fios que estão dispersos no dicurso, fazendo uma rede em que um sentido convoque outros. Fazer com que leiam as diferentes ideologias que atravessam os textos, observando as relações de poder envolvidas. Assim, prepararemos nossas crianças para uma vida em que ler e escrever é simplesmente um "tudo" em suas relações sociais. Mas para tanto temos de estar preparados. Isso somente acontece com muito estudo e empenho. Vamos então à segunda fase do Gestar.

domingo, 27 de setembro de 2009

Trabalho do Gestar na sala de aula

Fotos da professora cursista Dianez Zanon, trabalhando atividades em grupo do Gestar na E.M.E.F. Dr. Piero Sassi. Uma turma dinâmica e participativa, que está sempre pronta a realizar as atividades propostas pela professora nas aulas de Língua Portuguesa.



terça-feira, 22 de setembro de 2009

Pauta: Dia 21/09 - Oficina 10 - TP5 - Unidades 19 e 20








*Escolha de um redator para registrar o encontro(Ata);
*Leitura e reflexão do texto "Pudim", por Martha Medeiros;
*Relato do "Avançando na prática";
*Analisar e resumir as unidades 19 e 20 em grupo elaborando uma apresentação;
*Realização da atividade prática da oficina em grupo, na página 257 a 259(elaboração de uma propaganda);
*Apresentação;
*Avaliação da oficina;
*Combinações.
Nesta oficina encerrou-se a primeira parte do Gestar II, sendo que o próximo encontro será no dia 05/10. As cursistas gostaram muito do texto da Martha Medeiros. A atividade de criação de uma propaganda foi divertida, todas gostaram e dedicaram-se, sendo que percebeu-se muita criatividade, e os comentários sobre o Gestar foram muito positivos, as cursistas estão gostando das atividades e aprovando o resultado com os alunos em sala de aula.

domingo, 20 de setembro de 2009

Fotos da Visita de Acompanhamento Pedagógico


Visita de acompanhamento pedagógico

No dia 08/09, terça-feira à tarde, nos dois primeiros períodos, a formadora realizou uma visita de acompanhamento pedagógico para a professora cursista Flávia Berté, na E.M.E.F. Rufino Leal, para conhecer sua turma e o trabalho que está sendo desenvolvido com o Gestar.
A turma era um sétimo ano, com 20 alunos. Percebeu-se que a turma é interessada, são participativos, críticos e estão interagindo muito bem com a professora e com as atividades propostas pelo Gestar. A aula desenvolveu-se a partir do TP5, unidade 19, sobre "Coesão textual", especificamente o "Avançando na prática" da página 162, uma atividade diferente e interessante, de produção textual coletiva, que motivou os alunos e os desafiou, sendo que interagiram bem, divertiram-se e gostaram muito da atividade proposta. Concluiu-se que a professora conduziu muito bem a realização das atividades, explicando e incentivando os alunos.
Todos os alunos e a professora foram receptivos e demonstraram ter gostado de receber a visita.

Dia 14/09 - Oficina de Orientação e Acompanhamento ao Projeto

Neste dia reuniu-se o grupo de Língua Portuguesa para a oficina de orientação e acompanhamneto ao projeto. Os trabalhos foram iniciados pela formadora com a apresentação do vídeo "O que é virtual"(já postado no blog) para uma reflexão e debate. Após, fez-se a apresentação do blog no grupo, já que algumas cursistas não haviam conseguido visualizá-lo. Todas comentaram ter gostado muito desta primeira parte da reunião.
No segundo momento, a formadora passou mais algumas informações sobre a realização do projeto e as professoras cursistas reuniram-se nos grupos para estudo, pesquisa e o registro dos seus trabalhos. Ao final, cada grupo entregou um esquema, um esboço do seu trabalho.
Este encontro foi muito produtivo.

Oficina Aberta - Palestra para as redes municipal, estadual e particular - Tema: Drogas

No dia 12/09, sábado à tarde, realizou-se no município de Carazinho um encontro de profissionais da educação de todo o município para uma palestra sobre "Prevenção ao uso de drogas", ministrado pela promotora do município e outros psiquiatras e psicólogos.
O grupo de Língua Portuguesa do Gestar, foi orientado pela formadora que a partir do tema da palestra desenvolvessem um plano de aula, isto é, atividades para serem realizadas com os alunos, visto que, as escolas municipais já tiveram também palestras sobre o assunto dentro do projeto "Crack nem pensar", e os alunos já estão interagindo com o tema.
Após, essas atividades serão socializadas no grande grupo, nas oficinas.
Conclui-se, que na realidade que vivemos hoje, este assunto é de grande importância e merece total atenção de todos, educadores, pais e familiares, autoridades e a sociedade no geral.

sábado, 19 de setembro de 2009

Pudim - Por Martha Medeiros

Não há nada que me deixe mais frustradado que pedir Pudim de sobremesa,contar os minutos até ele chegare aí ver o garçom colocar na minha frenteum pedacinho minúscula do meu pudim preferido.Uma só.Quanto mais sofisticado o restaurante,menor a porção da sobremesa.Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência,comprar um pudim bem cremosoe saborear em casa com direito a repetir quantasvezes a gente quiser,sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.O PUDIM é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.A vida anda cheia de meias porções,de prazeres meia-boca,de aventuras pela metade.A gente sai pra jantar, mas come pouco.Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.Conquista a chamada liberdade sexual,mas tem que fingir que é difícil(a imensa maioria das mulherescontinua com pavor de ser rotulada de 'fácil').Adora tomar um banho demorado,mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo,mas tem medo de fazer papel ridículo.Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD,esparramada no sofá,mas se obriga a ir malhar.E por aí vai.Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar',tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...Aí a vida vai ficando sem tempero,politicamente corretae existencialmente sem-graça,enquanto a gente vai ficando melancolicamentesem tesão...Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'.Deixar de lado a régua,o compasso,a bússola,a balançae os 10 mandamentos.Ser ridícula, inadequada, incoerentee não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.Recusar prazeres incompletos e meias porções.Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebeloue disse uma frase mais ou menos assim:'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem,podemos (devemos?) desejarvários pedaços de pudim,bombons de muitos sabores,vários beijos bem dados,a água batendo sem pressa no corpo,o coração saciado.Um dia a gente cria juízo.Um dia.Não tem que ser agora.Por isso, garçom, por favor, me traga:um pudim inteiroum sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order',uma caixa de trufas bem maciase o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente.OK?Não necessariamente nessa ordem.Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago . .

Este texto será trabalhado na abertura da oficina 10, dia 21/09, última da primeira etapa.

Texto de autoria de uma cursista sobre um vídeo trabalhado nas oficinas

Artigo de opinião:
(Sandra Roberta Catto Tombini)

Os limites educacionais: para onde vamos?

Qual é a capital do Brasil? Em que continente está localizado o nosso país? Quanto é oito multiplicado por quatro? E o feminino de cidadão? Nossos alunos estão saindo do ensino médio e estão sendo motivo de comédia em sites que divulgam seus insucessos escolares: o sol nos dá luz, calor e turistas; as aves têm na boca um dente que se chama bico; lenda é toda narração em prosa de um tema confuso; o Chile é um país muito magro e alto; a prosopopéia é o começo de uma epopéia... Essas são poucos de milhões de fragmentos divulgados pela banca de redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), as tão conhecidas e chamadas pérolas, que são anualmente divulgadas e somadas na/pela internet. Alunos chegam à Universidade ( e chegam, mesmo) sem saberem escrever um parágrafo que estabeleça o mínimo de sentido. Faltam-lhes informações mínimas quanto ao domínio das ciências exatas e humanas. De quem é a culpa?
A mídia divulgou, neste ano, a seguinte reportagem a partir de uma série exibida pela televisão “lições da escola”: Ministério da Educação adotou um sistema que permite ao aluno terminar os estudos aprendendo quase nada. Muitos mais não se conformam e estão fazendo de tudo para que seus filhos sejam reprovados.
É no mínimo gritante aos nossos ouvidos de professores uma informação dessas. Alunos chegam à quarta série sem saber ler ou escrever. E nós, professores, do Ensino Fundamental e Médio o que fazemos com eles?
Anualmente, encontro nos bancos escolares casos assim. . Alunos que mal apenas decodificam durante a realização da leitura. Como posso cobrar um texto que coeso e coerente? Como sou professora de língua materna e literatura, tenho de fazer um recorte e refletir sobre o que está acontecendo com o nosso ensino de língua. Há uma série de causas para que o ensino tenha tomado as proporções em que se encontra. Há aqueles que dão culpa ao governo, ao método de ensino ( como uma sala de aula quadrada) como o que vimos no programa televisivo; outros dão a culpa à família, aos professores, designando-os preguiçosos e incompetentes. Na verdade, o que existe é uma soma disso tudo, mas não podemos generalizar, achar que todos são assim. Temos de refletir sobre todo o contexto para chegarmos uma conclusão e tentarmos modificar o quadro de ignorância que hoje assola nossos estudantes.
Primeiramente, a criança precisa ser levada a querer a aprender. Os conteúdos não devem ser apenas repassados, mas trabalhados no uso e concretizados. A família também tem de fazer parte disso. Auxiliar nos temas, conferir a tarefa escolar, tomar a leitura, fazer continhas, contar histórias. A educação também é tarefa dos pais. Os alunos precisam estar comprometidos com sua educação. A realização de trabalhos deve ser tarefa diária e não trimestral ( quantas vezes temos de correr atrás de trabalhos para não zerar avaliações). Os professores precisam formar-se continuamente e aplicarem os conhecimentos adquiridos na sua prática pedagógica e fazer isso com tempo, com uma carga horária prolongada para planejamento. O aluno também tem de ser incentivado a estudar. Tanto os pais quanto os professores devem valorizar os ganhos do aluno e fazê-lo aprender com os fracassos.
Um grande “problema” também é alcançar o IDEB. Muitas secretarias querem a aprovação em massa para que o município/estado eleve seu índice e receba mais recursos. Sei que isso é excelente, pois aprovação também implica no desenvolvimento da escola que receberá mais recursos. Um país que tem um baixo índice de aprovação não recebe investimentos de multinacionais que se pautam por esses índices para se instalarem no país. Culpa dos professores?Culpa dos pais? Culpa dos governantes? Dos alunos? Do Método?
Não sei. E se alguém soubesse de fato, já teria informado. Cada um tem seu posicionamento, mas não conheço nenhuma tese que tenha mudado, efetivamente, o quadro que hoje nos encontramos. Só tenho certeza de que um índice de aprovação deve ser verdadeiro. Não podemos empurrar problemas “com a barriga”. O Joãozinho que não sabe ler no segundo ano não pode ser empurrado para o quarto somente por um índice. Os percentuais de sucesso na aprendizagem devem ser verdadeiros. Empenho dos pais, da escola, dos professores, do governo. O esforço tem de ser global. Não devem apenas as escolas serem culpadas pelos insucessos de suas crianças, de seus adolescentes. Há muitos sujeitos envolvidos nisso.
Não acredito que a reprovação vá traumatizar tanto assim. Muitas vezes ela serve para que um sistema dê-se conta de que a educação vai mal mesmo. Formações continuadas, carga horária reduzida para que o professor possa preparar com capricho a sua aula, empenho dos pais e dos alunos desde os anos iniciais ajudarão a reverter as situações calamitosas da educação.
Nunca mais esqueci da aula sobre a Revolução Francesa, dos ideais de liberdade, fraternidade e igualdade passados pela minha professora de História lá na escola pública que estudei em Chapada, RS. Certamente as ideias iluministas trouxeram muito acréscimo a minha vida. Também não esqueci de todas as vezes que, nos domingos, a minha mãe sentou comigo e com a minha prima para estudar conosco. Mas, não sei por que estudei os logarítimos, aprendi a classificar uma oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo. Aprendi ( e não decorei) o nome dos continentes logo no final do ensino médio, quando joguei “War” jogo de estratégia; porcentagem quando tive de calcular os juros da mensalidade atrasada da faculdade. Isso fez a diferença!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O que é virtual - Autor desconhecido

A realidade nua e crua na qual vivemos!

Próximo encontro Gestar de Língua portuguesa

Na próxima semana, dia 14/09, segunda-feira, às 18h, na SMEC, será realizada uma oficina de orientação e acompanhamento ao projeto. As cursistas já estão organizadas em grupos, já iniciaram os trabalhos de pesquisa, leitura e neste dia se reunirão para dar continuidade a este processo.

domingo, 6 de setembro de 2009

Pedagogia do Amor

Trabalho sobre a Nova Gripe

O vídeo da Turma da Mônica sobre a nova gripe, foi utilizado por mim, formadora, para trabalhar com gêneros textuais abordando este tema. O vídeo foi utilizado para introduzir o assunto, após os alunos trabalharam em grupos, elaborando cartazes com diversos tipos de textos pesquisados e trazidos de casa(reportagens de jornal, folhetos informativos, textos de revistas...). Depois da leitura, seleção dos textos e análise os alunos também elaboraram em grupo suas próprias produções textuais sobre o tema. Para finalizar o trabalho, cada grupo apresentou-se e fizemos um debate sobre as principais conclusões sobre o tema.
A turma de sétimo ano gostou muito da atividade, foi um trabalho interessante, todos empenharam-se muito e o mais importante é que descobriram novas informações e muitas dicas de prevenção. Os cartazes produzidos foram colocados no pátio da escola para que os demais alunos e outras pessoas também possam informar-se sobre o assunto. O próximo passo da atividade é produzir um folder informativo sobre a Gripe A na aula de informática para distribuir pela escola.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Se Liga Nessa - ( ação preventiva para evitar o contágio da gripe suína )

Avaliação da Oficina 9

O estudo das unidades 17 e 18 do TP5 foi realizado em dois grupos, assim como a atividade proposta para a oficina 9, análise de um texto publicitário. Os grupos sintetizaram a unidade, elaborando um cartaz e após apresentaram. Houve muito debate, reflexões e até aprendizado de alguns conceitos sobre os temas estudados, principalmente sobre a Estilística. As cursistas comentaram que gostaram muito dos textos e atividades propostas no TP, sendo que aplicaram várias com seus alunos. Comentou-se também que estabelecer a coerência e a coesão no texto é uma grande dificuldade dos alunos.
As professoras gostaram muito da mensagem em slide "Desejo o suficiente para você" e também do vídeo com a música "Trem de ferro", texto de Manuel Bandeira. Lemos e refletimos também sobre o texto "Aprendendo a ser com o outro", que foi levado por mim, formadora, em partes, para que o grupo montasse conforme achasse coerente.
Este encontro foi muito produtivo, e ainda as professoras cursistas fizeram comentários sobre a oficina aberta, e os trabalhos sobre os filmes. Para encerrar realizamos a avaliação da oficina.

Planos de Aula - Textos fílmicos - Atividades da oficina Aberta

Plano elaborado por Sandra Roberta Catto Tombini
Plano de aula – Gestar II

Plano de aula: Crescer dói: a paternidade na adolescência
9º ano do Ensino Fundamental
Duração: 4períodos

1. Objetivos:
*motivar o aluno para o tema da unidade;
*refletir sobre os desafios que os adolescentes quando pais precocemente sofrem, valendo-se de diferentes gêneros de textos ( filme/ artigo)
*desenvolver estratégias de leitura: a questão da previsibilidade, conteúdos implícitos, relações de causa, conseqüência, espaço e tempo;
*comparar textos, buscando semelhanças e diferenças quanto às idéias apresentadas;
*desenvolver habilidades de leitura e escrita, a partir de orientações feitas acerca da pontuação;
*ler por prazer;
*observar os efeitos do uso de expressões que revelam a posição do sujeito;
*construir um parágrafo argumentativo sobre a temática.

2.Conteúdos:
*leitura, compreensão, interpretação e produção textual.

3. Estratégias de trabalho:
As aulas serão desenvolvidas com o apoio de folhas xerografadas, filme, quadro verde e giz.

4. Textos a serem usados:
*filme
*artigo de opinião

Planos de aula
Plano de aula 1
Períodos: 2
Data:__/__/__

1. Objetivos:
*assistir ao filme Cidade dos Homens;
*observar as ideologias que atravessam o texto, formando posicionamentos;
*observar as variantes lingüísticas no discurso das personagens.

2. Conteúdos: leitura, compreensão/interpretação, variação linguística.

3. Desenvolvimento: assistir ao filme “Cidade dos Homens” de Paulo Morelli ( 116 min.). Falarei que o filme trata do seguinte assunto: aos 18 anos, Laranjinha e Acerola estão prestes a ingressar na vida adulta. Questões como filhos, mulheres e emprego, bem como as responsabilidades relacionadas a esses assuntos, permeiam as aventuras dessa dupla de amigos que mora na favela Cidade de Deus, no Rio de Janeiro.
Após os alunos assistirem ao filme, focarei a discussão na paternidade precoce. Refletiremos sobre as personagens Acerola e Cristiane, pais adolescentes. Trataremos também do desejo de Laranjinha conhecer o pai. Dividirei a sala em três grupos. Cada grupo deverá defender seu posicionamento sobre as seguintes questões ( entregues em uma folha para cada grupo)
G1: Apesar do filme trazer no enredo a questão da violência e do tráfico de drogas, a temática que fica mais evidente é a da paternidade. De acordo com o filme, de que Acerola sente falta depois de ter sido pai? E vocês? Se fossem pais precocemente, do que sentiriam falta?

G2) Um dos maiores sofrimentos da personagem Laranjinha é não ter conhecido o pai. No reencontro, quais são os sentimentos que emergem? Há uma frase que circula na sociedade que “Pai é aquele que cria”. Vocês concordam com essa afirmação?

G3) Quando Cristiane vai embora para São Paulo, deixa o filho com Acerola. Na sociedade atual, geralmente, os filhos ficam sob a guarda da mãe. Vocês acham que Acerola foi um bom pai? Quais foram as ações dele que justificam a sua resposta?

G4)Que tipo de pai buscam os meninos Laranjinha e Acerola? Filhos abandonados, ao reencontrarem seus pais, reencontram que perfil de pais? Por que você possui esse posicionamento?

Aula 2
Plano de aula 2
Períodos: 2
Data:__/__/__

1. Objetivos:
*ler e compreender o texto lido;
*exercitar a leitura, observando a expressão oral;
*contar oralmente o que foi lido;
*perceber o sentido que se constrói com as palavras no texto;
*interpretar as idéias;
*produzir parágrafo argumentativo, reunindo os fios do discurso.

2.Conteúdos:
*leitura ;
*compreensão e interpretação;
*estudo do vocabulário;
*texto argumentativo(Os órfãos de um país atrás da autoridade do pai-ZH)

Apresentarei o seguinte questionário:
1)Qual é a relação do título com o texto? Por que se pode considerar essa relação possível?
2)No primeiro parágrafo, o jornalista trata de um fato que aconteceu ao longo da história que colabora para o entendimento do parágrafo. Qual?
3)Ao longo do primeiro parágrafo, o autor cita duas figuras importantes do Brasil, o ex-presidente Getúlio Vargas e o atual Luís Inácio Lula da Silva. O que ele diz a respeito deles? Em que essas duas figuras importantes ao país assemelham-se?
4)Observe o enunciado: “... e sustentado pelos órfãos que nele votaram em busca do pai da nação”. A que parcela da população o jornalista remete-se? Por que essa parcela sentia-se órfã? Para responder a essa questão é necessário remeter-se também ao contexto brasileiro.
5)O jornalista compara o povo órfão que votou em Lula e Getúlio aos meninos Laranjinha e Acerola. Em que eles se assemelham?
6)Qual é o sentido construído pela expressão “ a lei do cão”? Transcreva o enunciado ( neste parágrafo) explica tal expressão?
7)No segundo parágrafo, o jornalista começa a refletir sobre a realidade a que se assemelha a ficção “Cidade dos Homens”. Apresenta como vivem famílias cujos pais não se fazem presentes e/ou não agem como chefes de família (por má índole ou necessidade).
A)Segundo o texto perfil de pais os filhos desamparados gostariam de ter?
B)Que perfil de pai sonham Acerola e Laranjinha?
C)Que palavra estabelece a relação de oposição/adversidade entre o pai que Acerola e Laranjinha buscam e aquele que eles não buscam?
8)O jornalista afirma que Laranjinha ganhou um pai tão órfão quanto ele. Por quê? Para responder a essa questão é necessário valer-se da leitura realizada do filme “Cidade dos Homens.
9)Em “Acerola, mais pragmático, nem se preocupa em restaurar a figura do pai. Qual é o sentido de “mais pragmático”? O que no contexto do garoto confirma essa afirmação do jonalista?
10)Explique a expressão “qualquer caminho é caminho” (3º parágrafo).
11)Explique a expressão “ Na projeção pode estar a salvação”.
12)O autor afirma que Laranjinha e Acerola são amargas metáforas de criaturas à deriva. Explique o uso do termo metáfora.
13)Freud, psicanalista famoso, teoriza sobre complexo de Édipo. O complexo de Édipo caracteriza-se por sentimentos contraditórios de amor e hostilidade. Metaforicamente, este conceito é visto como amor à mãe e ódio ao pai, mas esta idéia permanece, apenas, porque o mundo infantil resume-se a estas figuras parentais ou aos representantes delas. Uma vez que o ser humano não pode ser concebido sem um pai ou uma mãe (ainda que nunca venha a conhecer uma destas partes ou as duas), a relação que existe nesta tríade é, segundo a psicanálise, a essência do conflito do ser humano. O menino tem o desejo de ser forte como o pai e ao mesmo tempo tem “ódio” pelo ciúme da mãe. A menina é hostil à mãe porque ela possui o pai e ao mesmo tempo quer se parecer com ela para competir e tem medo de perder o amor da mãe, que foi sempre tão acolhedora (http://pt.wikipedia.org/wiki/Complexo_de_%C3%89dipo#Conceito_em_psican.C3.A1lise).
A partir disso reflita sobre o contexto de Laranjinha e Acerola.
14) Observando os estudos realizados sobre o gênero do texto estudado, que caminhos o jornalista faz para escrever o que diz. Remeta-se ao texto para responder a essa questão.
15) Agora é sua vez:
O texto acima nos apresenta diversas situações, mesmo figurativas, da falta paterna. Muitos adolescentes hoje já são pais. Observe o trecho da notícia abaixo:
Um menino inglês de 13 anos se transformou em um dos pais mais jovens do Reino Unido após sua namorada, de 15, dar à luz a pequena Maisie, publicou nesta sexta-feira (13) o jornal "The Sun". https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQwJLk2bFTbQvGfW9WwzyR1q3eUAlBs_zVIwSA6nFh-XAyCAvmCwJfhTWm1DmwSKDqsxxst-suPPpruIrIHRE7pWvxPsuych5C0RLeUoGq7L9j6nkCwU68qTZc7P9INCFUGvL9J0coPMI/s1600-h/pai+aos+treze+anos.jpg ( acesso em 29/08/2009)

A partir do que refletimos, reflita:
É possível assumir atitudes paternas na adolescência? Que conseqüências uma gravidez precoce pode causar na vida do pai e do filho?
Responda a essa pergunta a partir de um parágrafo argumentativo( padrão). Lembre-se de introduzir a temática, desenvolvê-la por meio de argumentos e, por último, amarrar o discurso num fechamento. ( nº mínimo de linhas 12).

domingo, 30 de agosto de 2009

Trem de Ferro - Manuel Bandeira

Esta letra de música é trabalhada na unidade 17 do TP5, sobre Estilística, e demonstra perfeitamente a importãncia que o som das palavras, rimas, adquirem no texto.

DESEJO O SUFICIENTE PARA VOCÊ

Pauta: Dia 31/08/09 - Oficina 9 - TP5 - Unidades 17 e 18

· Escolha de um redator para registrar o encontro(Ata);
· Assistir o slide e refletir sobre a mensagem “Eu desejo o suficiente para você”;
· Montar o texto-mensagem “Aprendendo a ser com o outro”, ler e refletir;
· Analisar e resumir as unidades 17(Estilística) e 18(Coerência Textual) em grupo, elaborando cartaz com as ideias principais;
· Realizar no grupo a atividade prática da oficina 9, na página 254 e 255;
· Apresentação dos grupos;
· Leitura do texto da Revista Nova Escola sobre Gêneros Textuais;
· Avaliação da oficina.

Planos de Aula - Textos Fílmicos

Questões a partir do filme "O som do coração" - 8º e 9º ano
Profª cursista Marli Weirich

O filme apresenta a história de um menino que foi abandonado em um orfanato, em nenhum momento ele perdeu a esperança de reencontrar seus pais, ele contava os anos, meses e dias, sempre com esperança que a qualquer momento ele fosse encontrá-los.
Questionamentos:
1.Os meninos do orfanato chamavam Even de anormal, por que eles diziam isto?

2. Even era um menino que possuía talento musical? Justifique.

3. Mago era realmente um protetor de crianças abandonadas? Justifique.

4.O interesse de Mago era mesmo desenvolver o talento dos meninos ou queria tirar proveito em seu benefício? Por quê?

5.O que você acha que aconteceu com Mago e Arthur após Even ter ido embora?

6.Na sua opinião o que aconteceu com Even e seus pais após o conserto musical, o qual Even estava regendo?

7.Qual a relação do título do filme com a história em si?Esta de acordo?

8. O que você achou da atitude do pai de Lyla em relação ao filho dela? Será que isto acontece na vida real?

9. O final do filme foi o esperado, ou você acha que poderia ser diferente? O que você imaginou que iria acontecer? Descreva o seu final.

10. Em poucas linhas faça um resumo da história e escreva um final diferente para a mesma.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

OFICINA ABERTA - Dia 24/08/09

Nesta oficina aberta, realizou-se o encontro de socialização dos trabalhos desenvolvidos à distância pelo grupo de cursistas de língua portuguesa do Gestar II. As professoras comentaram que foi um trabalho divertido, diferente e que será posteriormente realizado em sala de aula com os alunos. Houve muita troca de ideias nas apresentações e comentários dos filmes assistidos, e o grupo sempre apontava novas sugestões de atividades a serem realizadas pelas colegas.
Abaixo segue alguns exemplos de atividades propostas pelas professoras cursistas.

Proposta de trabalho a partir do filme "Sociedade dos Poetas Mortos"‏
1. Após assistirem ao filme, a prof. propõe aos alunos que relacionem, por escrito, características do Internato, do professor de Literatura, dos alunos que fizeram parte da Sociedade e dos pais do jovem que suicidou-se.

2. A seguir, forma-se uma mesa redonda para discussão oral na qual a professora interage com os alunos, questionando acerca das características por eles relacionadas.
Ex.:Vocês gostaram do professor de Literatura do filme?Por quê?
Conhecem algum professor que seja parecido com o do filme na forma de agir?Quem?

3.A professora lê uma poesia do livro "Nariz de Vidro" de Mário Quintana e entrega livros de poesias para os alunos.

4.Os alunos são chamados a escolher uma poesia de sua preferência nos livros e a lê-la para os colegas.

5.A professora instiga para a observação da significação e do jogo das palavras nos diversos contextos.

6.Coloca-se um fundo musical e solicita-se aos alunos que façam a sua própria poesia, ilustrando-a.

7.Ao final,deverão ler as poesias para os colegas e, inclusive, declamá-las.
(Professora Sandra Coletto)

Filme ''TREINO PARA VIDA'' :

1.Qual o nome do personagem principal?

2.Qual a parte do filme que você mais gostou?Por quê?

3.O nome do filme é ''TREINO PARA VIDA''. Explique por quê?

4.Qual a mensagem que o filme deixou para você?

5.Resuma em um parágrafo a parte do filme que mais lhe chamou atenção?
(Professora Silvana Giacomini)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

RUBEM ALVES É MAGNÍFICO

A PIPA E A FLOR
Poucas pessoas conseguiram definir tão bem os caminhos
do amor como Rubem Alves, numa fábula surpreendente,
cujos personagens são: uma pipa e uma flor.
A história começa com algumas considerações de um
personagem que deduzimos ser um velho sábio.
Ele observa algumas pipas presas aos fios elétricos e aos galhos das árvores e afirma que é triste vê-las assim,
porque as pipas foram feitas para voar.
Acrescenta que as pessoas também precisam ter
uma pipa solta dentro delas para serem boas.
Mas aponta um fator contraditório: para voar, a pipa tem que estar presa numa linha e a outra ponta da linha
precisa estar segura na mão de alguém.
Poder-se-ia pensar que, cortando a linha, a pipa pudesse
voar mais alto, mas não é assim que acontece.
Se a linha for cortada, a pipa começa a cair.
Em seguida, ele narra a história de um menino que
confeccionou uma pipa.
Ele estava tão feliz, que desenhou nela um sorriso.
Todos os dias, ele empinava a pipa alegremente.
A pipa também se sentia feliz e, lá do alto,
observava a paisagem e se divertia com as
outras pipas que também voavam.
Um dia, durante o seu vôo, a pipa viu lá embaixo uma
flor e ficou encantada, não com a beleza da flor, porque
ela já havia visto outras mais belas, mas alguma coisa nos olhos da flor a havia enfeitiçado. Resolveu, então, romper a linha que a prendia à mão do menino e dá-la para a flor segurar. Quanta felicidade ocorreu depois!
A flor segurava a linha, a pipa voava; na volta, contava
para flor tudo o que vira. Acontece que a flor começou a
ficar com inveja e ciúme da pipa. Invejar é ficar infeliz
com as coisas que os outros têm e nós não temos;
ter ciúme é sofrer por perceber a felicidade do outro
quando a gente não está perto. A flor, por causa desses
dois sentimentos, começou a pensar: se a pipa me amasse
mesmo, não ficaria tão feliz longe de mim... Quando a pipa voltava de seu vôo, a flor não mais se mostrava feliz, estava sempre amargurada, querendo saber com quem a pipa estivera se divertindo. A partir daí, a flor começou a encurtar a linha, não permitindo à pipa voar alto. Foi encurtando a linha, até que a pipa só
podia mesmo sobrevoar a flor.
Esta história, segundo conta o autor, ainda não terminou
e está acontecendo em algum lugar neste exato momento.
Há três finais possíveis para ela:

1 - A pipa, cansada pela atitude da flor, resolveu romper a linha e procurar uma mão menos egoísta.
2 - A pipa, mesmo triste com a atitude da flor, decidiu ficar, mas nunca mais sorriu.
3 - A flor, na verdade, era um ser encantado.
O encantamento quebraria no dia em que ela visse a
felicidade da pipa e não sentisse inveja nem ciúme.
Isso aconteceu num belo dia de sol e a flor se transformou numa linda borboleta e as
duas voaram juntas.

Rubem Alves

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Trabalho à distância

No último encontro foi solicitado às professoras cursistas um trabalho à distância para ser socializado na próxima oficina, que será então uma Oficina Aberta. A formadora passou uma lista com sugestões de filmes para serem assistidos e a partir disto, elaborar um plano de aula, atividades para serem desenvolvidas com os alunos posterirmente.
SUGESTÕES DE FILMES:
Gênio Indomável
Uma mente brilhante
Legalmente Loira
Nenhum a menos
Pro dia nascer feliz
Forest gump
O Amor é contagioso
Duelo de Titãs
Cidade dos homens
O clube do imperador
Sociedade dos poetas mortos
Com mérito
O Nome da Rosa
Meu mestre minha vida
Perfume de mulher
Em luta pelo amor
Escritores da liberdade
A Voz do coração
Vem dançar
Conrack
Escola da Vida
O Triunfo
A Educação de Pequena Árvore
A Língua das Mariposas
Adorável Professor
Música do Coração
Coach Carter – Treino para a vida
Prova de Fogo
O Preço do Desafio
Crianças Invisíveis
Entre os muros da escola
Ser e ter
O balão branco
Tapete vermelho
Narradores de Javé
A lista de Schindler
A corrente do bem
O som do coração
Mandela


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Oficinas - Gestar Língua Portuguesa

Este vídeo mostra o grupo de Língua Portuguesa trabalhando, apresentando trabalhos em duas oficinas, que realizaram-se no dia 14/08, pela manhã e à tarde. Há exposição de alguns trabalhos desenvolvidos com os alunos e mostra também, a oficina, à tarde, de orientação ao projeto, que ocorreu na biblioteca da Secretaria de Educação, onde as professoras cursistas consultaram a internet, buscaram livros e outros materiais sobre o tema que escolheram para subsídios no desenvolvimento dos seus projetos. Neste dia, apesar da falta de algumas professoras, houve muito diálogo, esclarecimento de dúvidas e troca de sugestões entre as cursistas e também com a formadora sobre o desenvolvimento do projeto final.

sábado, 15 de agosto de 2009

Oficina 8 - Dia 14/08/09 - Unidades 15 e 16 TP4

Pauta:
· Escolha de um redator para registrar o encontro(Ata);
· Leitura e reflexão sobre a mensagem “Poças de lama”;
· Escolha de um “Avançando na prática” para aplicar com os alunos quando retornarmos às aulas e trazer o relato no próximo encontro;
· Atividade prática:
- Grupo 1: Ler, refletir e fazer uma síntese do texto “Por que meu aluno não lê?”, na página 147 e 148;
- Grupo 2: Ler e fazer uma síntese dos textos de abertura das unidades 15 e 16, páginas114 e 159 e 160;
- Grupo 3: Atividade 1 da oficina 8, página 221.
· Apresentação dos grupos.
· Avaliação da oficina.
Este encontro foi muito positivo e produtivo, pois ao apresentar os textos houve muito debate, troca de opiniões e experiências em relação aos temas tratados: leitura e produção textual.
Mensagem:

POÇAS DE LAMA
(Pelos olhos de uma criança)

Quando olho dentes-de-leão eu vejo ervas daninhas invadindo meu quintal. As crianças vêem flores para sua mãe e sopram a penugem branca pensando em um desejo.
Quando um velho mendigo me sorri, eu vejo uma pessoa suja que provavelmente quer dinheiro e eu me afasto. As crianças vêem alguém sorrir para elas e sorriem de volta.
Quando ouço uma música, eu gosto e sei que não sei cantar e não tenho ritmo, então me sento e escuto. As crianças sentem a batida e dançam. Cantam e se não sabem a letra, criam a sua própria.
Quando sinto um forte vento em meu rosto, me esforço contra ele. Sinto-o atrapalhando meu cabelo e empurrando-me para trás, enquanto ando. As crianças fecham seus olhos, abrem seus braços e voam com ele, até que caiam a rir pela terra.
Quando rezo, eu digo: Tu e Vós e conceda-me isto, dê-me aquilo. As crianças dizem “Olá Deus! Agradeço por meus brinquedos e meus amigos. Por favor mantenha longe o mau sonho hoje à noite. Eu ainda não quero ir para o céu. Eu sentiria falta de minha mãe e de meu pai”.
Quando olho uma poça de lama eu dou uma volta. Eu vejo sapatos enlameados e tapetes sujos. As crianças sentam-se nela. Vêem represas para construir, rios para cruzar e bichinhos para brincar.
Eu queria saber se nos foram dadas as crianças para ensinarmos ou para aprendermos.
Aprecie as pequenas coisas da vida, porque um dia você poderá olhar para trás e descobrir que eram grandes coisas grandes.
Meu desejo para você?
Grandes poças de lama e dentes-de-leão!!!

( Autor desconhecido)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Prorrogado início das aulas no município

Novamente, devido à nova gripe, a data de início das aulas no município de Carazinho, assim como em muitos outros foi adiada para 24/08, a principio! Mas nossas atividades do Gestar com os cursistas está em andamento. Os professores estão enviando às escolas atividades extras para serem encaminhadas aos alunos.

Plano de Aula elaborado por uma cursista e socializado na oficina - Tema: Gêneros textuais-TP3

Gestar II
Plano de Aula 1 - Avançando na prática

a) Leia o conto abaixo ( texto 1):

EXCESSO DE COMPANHIA

Os anjos cercavam Marilda, um de cada lado, porque Marilda ao nascer ganhou dois anjos da guarda.
Em vez de ajudar, atrapalhou. Um anjo queria levar Marilda a festas, o outro à natureza. Brigavam entre si, e a moça não sabia a qual deles obedecer. Queria agradar aos dois, e acabava se indispondo com ambos.
Tocou-os de casa. Ficou sozinha, sem apoio espiritual mas também sem confusão. Os dois vieram procurá-la, arrependidos, pedindo desculpas.
― Só aceito um de cada vez. Passa uns tempos comigo, depois mando embora, e o outro fica no lugar. Dois anjos ao mesmo tempo é demais.
Agora Marilda é o anjo da guarda dos seus anjos, um de cada vez.

b) Em seguida, passarei o vídeo No caminho de Drummond [Mestres da literatura http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=99993 ( clique aqui)
O vídeo trata da biografia de Drummond em relação à sua vida e obra. Esse material servirá como subsídio para

c) Agora, leia o texto abaixo, observando a construção do gênero.

Texto 2
Carlos Drummond de Andrade

Mineiro de Itabira( onde nasceu em outubro de 1902), quando garoto gostava de ver os grandes vasos cheios de água verde, vermelha, dourada, que decoravam as farmácias naquele tempo. Talvez por isso, tirou diploma de farmacêutico, depois de um curso de três anos, mas nunca voltou à escola para procurá-lo. Sua vocação não era essa. Era ser escritor. Como , porém, viver de literatura? Então começou a trabalhar como jornalista e funcionário público, a princípio em Belo Horizonte, e finalmente no Rio de Janeiro. Nos intervalos, escrevia poemas e histórias. Hoje são 23 os seus livros publicados, sendo 13 de poesia, 9 de crônicas e 1 de contos. Há traduções de suas obras editadas na Argentina, no Chile, Peru, Cuba, Estados Unidos, Portugal, Espanha, França, Alemanha, Tchecolslováquia e Suécia.
Filho e neto de fazendeiros, não gostava de vida na roça, e sentia não ter sabido aproveitar a oportunidade de convívio com a natureza entre o cafezal e o gado de seu pai., mas se considerava um “fazendeiro do ar, título que deu a um de seus livros de poesia.
Ele não era visto em reuniões sociais, nem era lá de grandes conversas, a não ser com os amigos mais chegados. Reservava sua ternura para a crianças e os bichos de toda espécie, e procurava estar atento à renovação do mundo na linguagem, nos costumes e nas esperanças do seu humano. Faleceu no Rio de Janeiro em 1987.

No texto 2, as informações estão organizadas em uma sequência de parágrafos que abordam, cada um, um aspecto da vida de Carlos Drummond de Andrade. O tema – a vida de um escritor famoso – é fundamental para que o texto seja identificado como uma biografia, não importando exatamente que tipos de informações são expressas: podem tender mais para o lado pessoal, ou mais para o lado profissional, ou mais para as razões de suas escolhas, ou mais para a descrição de sua obra.
O texto está escrito na terceira pessoa do singular, pois se fala de um "ele”

E qual é o gênero do texto 1?

d) Agora, leia também um texto biográfico de Ana Maria Machado. Observe qual é o foco narrativo do texto e que interlocutor ele visa atingir.

Ana por ela mesma
Ana Maria Machado

Meu nome é Ana Maria Machado e eu vivo inventando histórias. Algumas delas, eu escrevo. E dessas que eu escrevo, algumas andam virando livros. Em sua maioria, livros infantis, quer dizer, livros que criança também pode ler. Adoro meu trabalho. Ainda bem, porque acho que não ia conseguir viver se não escrevesse. Tanto assim que já fui professora, já fui jornalista ( já fui até chefe de uns trinta jornalistas ao mesmo tempo), já fiz programa de rádio e acabei tudo para só viver de livro: escrevendo e cuidando da Malasartes,a minha livraria para crianças. Coisas de que eu gosto: gente, mar, sol, natureza em geral, música, fruta, salada, cavalo, dançar, carinho. Coisas que eu não agüento: qualquer forma de injustiça ou prisão e gente que quer cortar a alegria dos outros. Mas isso nem precisava dizer – é só ler nos meus livros que todo mundo fica sabendo.
Nasci e me criei no Rio. Nasci no morro ( de Santa Tereza) e me criei na praia ( de Ipanema), ainda no tempo do bonde G. Osório. Mas sempre passei as férias de verão ( e eram quase três meses) no Espírito Santo, praia de Manguinhos, perto dos avós paternos. Essas férias sempre me marcaram muito, trazendo um lado rural, de lamparina, rosca no café e pé no chão, numa comunidade de pescadores com fortíssimas sobrevivências da cultura popular: congo, puxada de mastro, pesca artesanal, ticumbi, marujada, folia de reis, cantigas de roda, histórias da tradição oral. As férias ajudavam a contrabalançar a formação urbana e livresca. Uniam um sítio à beira-mar, com pomar e animais domésticos, às leituras que falavam de PicaPau Amarelo.[...]
No fim da adolescência, pouco antes de entrar para a faculdade ( onde comecei fazendo Geografia e acabei me formando em Letras Neolatinas), comecei a estudar pintura, seguindo o curso de Aloísio Carvão, maravilhoso, no Museu de Arte Moderna do Rio. [...] E como Aloísio Carvão me marcara no aprendizado das artes plásticas, eu tivera o privilégio de travar contato com a literatura pela mão de alguns mestres inesquecíveis.
Ana & Ruth – 25 anos de Literatura. Rio de Janeiro, Salamandra, 1995.

e) Agora é sua vez:

Você ainda é jovem, diferentemente de Drummond e Ana Maria, mas assim como eles carrega consigo uma história. Como vimos, a biografia é a escrita da vida. Então, vamos escrever a sua?
Por meio de um texto escrito em terceira pessoa ( conforme texto 2) escreva, agora, a sua biografia. Esse será um texto que ficará guardado na sua caixinha de lembranças e daqui a mais alguns anos, você poderá relê-lo. Será muito interessante relembrar como você viveu nestes 13, 14 ou 15 anos de sua vida. Bom trabalho!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Onde se encontra o prazer do texto?


"Onde se encontra o prazer do texto? Onde se encontra o seu poder de seduzir? Tive a resposta para essa questão acidentalmente, sem que a tivesse procurado. Ele me disse que havia lido um lindo poema de Fernando Pessoa, e citou a primeira frase. Fiquei feliz porque eu também amava aquele poema. Aí ele começou a lê-lo. Estremeci. O poema – aquele poema que eu amava – estava horrível na sua leitura. As palavras que ele lia eram as palavras certas. Mas alguma coisa estava errada! A música estava errada! Todo texto tem dois elementos: as palavras, com o seu significado. E a música... Percebi, então, que todo texto literário se assemelha à música. Uma sonata de Mozart, por exemplo. A sua “letra” está gravada no papel: as notas. Mas assim, escrita no papel, a sonata não existe como experiência estética. Está morta. É preciso que um intérprete dê vida às notas mortas. Martha Argerich, pianista suprema (sua interpretação do concerto n. 3 de Rachmaninoff me convenceu da superioridade das mulheres...) as toca: seus dedos deslizam leves, rápidos, vigorosos, vagarosos, suaves, nenhum deslize, nenhum tropeção: estamos possuídos pela beleza. A mesma partitura, as mesmas notas, nas mãos de um pioneiro: o toque é duro, sem leveza, tropeções, hesitações, esbarros, erros: é o horror, o desejo que o fim chegue logo.Todo texto literário é uma partitura musical. As palavras são as notas. Se aquele que lê é um artista, se ele domina a técnica, se ele surfa sobre as palavras, se ele está possuído pelo texto – a beleza acontece. E o texto se apossa do corpo de quem ouve. Mas se aquele que lê não domina a técnica, se ele luta com as palavras, se ele não desliza sobre elas – a leitura não produz prazer: queremos que ela termine logo. Assim, quem ensina a ler, isto é, aquele que lê para que seus alunos tenham prazer no texto, tem de ser um artista. Só deveria ler aquele que está possuído pelo texto que lê. Por isso eu acho que deveria ser estabelecida em nossas escolas a prática de “concertos de leitura”. Se há concertos de música erudita, jazz e MPB – por que não concertos de leitura? Ouvindo, os alunos experimentarão os prazeres do ler. E acontecerá com a leitura o mesmo que acontece com a música: depois de ser picado pela sua beleza é impossível esquecer. Leitura é droga perigosa: vicia... Se os jovens não gostam de ler, a culpa não é deles. Foram forçados a aprender tantas coisas sobre os textos - gramática, usos da partícula “se”, dígrafos, encontros consonantais, análise sintática – que não houve tempo para serem iniciados na única coisa que importa: a beleza musical do texto literário: foi-lhes ensinada a anatomia morta do texto e não a sua erótica viva. Ler é fazer amor com as palavras. E essa transa literária se inicia antes que as crianças saibam os nomes das letras. Sem saber ler elas já são sensíveis à beleza. E a missão do professor? Mestre do kama-sutra da leitura..."
(Rubem Alves)

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Oficina 7- Dia 10/08/09

Após um período de interrupção dos encontros do Gestar, devido à gripe H1N1 e prorrogação das férias, retornamos ao trabalho com a realização da oficina 7, referente ao TP4, Unidades 13 e 14, que trata sobre a escrita, alfabetização e letramento. Neste encontro, utilizei o vídeo "História da palavra" para introduzir o TP, sendo que as professoras cursistas gostaram muito e acharam o vídeo muito interessante. Trabalhou-se com a mensagem "A pipoca que somos", de Rubem Alves, um texto simples mas que traz uma mensagem significativa. Após a mensagem cada cursista relatou a atividade que aplicou com os alunos do "Avançando na prática", sendo que a maioria escolheu trabalhar com as atividades do texto "Cidadezinha Qualquer", de Drummond. AS cursistas relataram que os alunos gostaram e realizaram trabalhos ótimos, interagindo totalmente com a proposta feita.
A revisão da unidades foi feita através da discussão do tópicos trazidos pela formadora e pelas cursistas. A primeira proposta foi dividir o grupo em dois para que fizessem um cartaz com as ideias sobre "LETRAMENTO" e o outro sobre "ALFABETIZAÇÂO". Após cada grupo apresentou e explicou aos colegas.
Como atividade prática desta oficina também foi trabalhado o texto de Carlos Drummond de Andrade em grupos, e a solicitação foi para que elaborassem um plano de aula para séries diferentes a partir do poema. Nos grupos surgiram muitas ideias boas e os planos de aula ficaram muito bons. Ao final apresentaram e fizeram a avaliação da oficina. Para encerrar fez-se a leitura e reflexão sobre o texto "Onde se encontra o verdadeiro prazer do texto",de Rubem Alves, que as profes riram e gostaram muito.
Este encontro foi muito produtivo apesar de estarem faltando algumas cursistas.Percebe-se o envolvimento e satisfação de todos com o programa Gestar, que realmente está contribuindo para aperfeiçoar o trabalho da Língua Portuguesa em sala de aula.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

LETRAMENTO




Letramento não é um gancho
em que se pendura cada som enunciado,
não é treinamento repetitivo
de uma habilidade,
nem um martelo
quebrando blocos de gramática.
Letramento é diversão
é leitura à luz de vela
ou lá fora, à luz do sol.
São notícias sobre o presidente
O tempo, os artistas da TV
e mesmo Mônica e Cebolinha
nos jornais de domingo.
É uma receita de biscoito,
uma lista de compras, recados colados na geladeira,
um bilhete de amor,
telegramas de parabéns e cartas
de velhos amigos.
É viajar para países desconhecidos,
sem deixar sua cama,
é rir e chorar
com personagens, heróis e grandes amigos.
É um atlas do mundo,
sinais de trânsito, caças ao tesouro,
manuais, instruções, guias,
e orientações em bulas de remédios,
para que você não fique perdido.
Letramento é, sobretudo,
um mapa do coração do homem,
um mapa de quem você é,
e de tudo que você pode ser.
(autor desconhecido)


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Relato de Identificação de Cursista

OLÁ! EU, SILVANA GICOMINI, CASADA, COM DOIS FILHOS, UMA MENINA DE 11 ANOS E UM MENINO DE 3 ANOS, FORMADA EM LETRAS LICENCIATURA PLENA, ATUO NA ESCOLA GETÚLIO DORNELLES VARGAS COM 20HR, TRABALHANDO COM LINGUA PORTUGUESA COM O 6°, 7°, 8° E 9° ANOS, EM TORNO DE 20 ALUNOS EM CADA TURMA,SENDO QUE ALGUNS ALUNOS APRESENTAM DIFICULDADES NA PARTE DA ORTOGRAFIA, COMO TAMBÉM NOS CONTEÚDOS DE GRAMÁTICA E NOS TEXTOS E SUAS INTERPRETAÇÕES.. MEU TRABALHO EM SALA DE AULA,ESTÁ SENDO FEITO DA MELHOR FORMA POSSÍVEL, REALIZANDO UM EXCELENTE TRABALHO NESTAS TURMAS.

Relato de Identificação de Cursista

Dianez Zanon, tem 26 anos de idade, solteira, é formada em Letras Português/Espanhol e respectivas literaturas; com pós graduação em Ensino de língua Portuguesa, ambos os títulos obtidos através da URI – Universidade regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – campus Frederico Westplhalen – RS.
Atualmente é professora contratada de português e literatura do 7º ao 9º anos, com carga horária de 20h.na rede municipal de ensino da cidade de Carazinho.
Os seus alunos, na sua maioria, apresentam dificuldades evidentes principalmente em relação a interpretação textual.
A professora encontra dificuldades em relação ao comportamento dos alunos, sendo que tratam-se de turmas grandes, principalmente os 8° anos com 35 alunos em cada turma.
Diante disso, o desempenho dos 8º anos é considerado baixo, sendo que boa parte das turmas não conseguem alcançar os objetivos da disciplina.
Em relação às turmas do 7º e 9º anos, o desempenho, juntamente com o interesse e o comportamento é bem mais favorável, sendo que as turmas possuem em média 25 alunos com bom rendimento e boa capacidade de interpretação textual.
A professora costuma trabalhar a gramática contextualizada, através de textos variados como revistas, jornais, propagandas, livros didáticos entre outros. Dando ênfase para a interpretação e produção textual.

Relato de Identificação de Cursista

Eu me chamo Simone Schueuerman Girardelli. Sou formada há 22 anos em Letras, pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Leciono Língua Portuguesa e Literatura Infanto Juvenil para os 6º, 7º, e 8º anos, antigas, 5ª, 67ª e 6ª séries na Rede Municipal de Carazinho, RS.
Atuo na EMEF Eulália Vargas Albuquerque- CAIC, onde grande parte dos alunos é carente e de famílias desestruturadas e com muitos problemas sociais. Para alguns, a única refeição feita durante o dia é realizada na escola. São na totalidade 140 alunos de classe baixa, que vêem na escola a saída da miséria em que se encontram.
Na outra escola EMEF Rufino Leal, leciono apenas Literatura Infanto Juvenil e os alunos são de classe média, na sua maioria, e não são tamanha importância aos estudos no momento, dificultando a aprendizagem e o bom relacionamento com os professores. Os mais carentes são mais educados e comprometidos com os estudos.
Adoro minha profissão, amo meus alunos e quero continuar meu trabalho até quando Deus permitir.

Relato de Identificação de Cursista

Meu nome é Sandra Coletto, tenho formação em Letras – Licenciatura Plena e especialização em Administração e Supervisão Escolar.
Atuo na EMEF. Alfredo Scherer com carga horária de 24 horas semanais. Trabalho com as disciplinas de Língua Portuguesa e Literatura Infanto-Juvenil do 6º ao 9º ano do ensino Fundamental.
O 6º ano, turma 61, possui 22 alunos. Trata-se de uma turma na qual a maioria dos alunos apresenta acentuada dificuldade na ortografia e na assimilação dos conteúdos gramaticais. Por outro lado parece ter mais facilidade na compreensão e interpretação de textos.
O 7º ano, turma 71, é constituído de 17 alunos. É uma turma heterogênea. Alguns alunos demonstram mais interesse do que outros em relação ao aprendizado da língua materna. As dificuldades ortográficas e de gramática são mais evidentes em alguns alunos.
A turma 72, é uma turma com 15 alunos. Muitos deles são participativos e empenham-se na realização das atividades. Apresentam melhor desempenho nas atividades gramaticais. Necessitam melhorar o aprendizado na ortografia e no estudo de textos.
O 8º ano, turma 81, é formado de 29 alunos. Por se tratar de uma turma numerosa, há mais agitação, conversa e, invariavelmente, falta de concentração. Observa-se, então, que o aprendizado poderia ser mais eficaz. Apresentam baixo rendimento, com dificuldades acentuadas na ortografia, gramática, compreensão e interpretação de textos e produção textual.
O 9º ano, turma 91, possui 19 alunos. Muitos são participativos, interessados e líderes.
Em contrapartida, alguns precisam ser constantemente estimulados a participar das aulas e a realizar as atividades. Embora não se verifique maiores dificuldades na ortografia e produção de textos, há que se trabalhar com maior ênfase para o estudo de textos. O desempenho nas atividades gramaticais é razoável e pode melhorar.

Relato de Identificação de Cursista

Meu nome é Sandra Roberta Catto Tombini, sou casada com Douglas Kochenborger Tombini há cerca de um ano. Não temos filhos. Nasci no dia 24/05/1981, no município de Chapada, RS e vim morar em Carazinho aos 16 anos, para terminar meus estudos na educação básica. Sempre me interessei por assuntos ligados à linguagem. Pensei em ser jornalista, fonaudióloga, mas por meio de orientação profissional, resolvi prestar vestibular para Letras. Cursei Licenciatura Plena nesse curso na Universidade de Passo Fundo, local onde travei contato com excelentes profissionais da área de estudos lingüísticos e de literatura. Durante a graduação(2000-2004), fui bolsista do Programa Sesi/Educação e trabalhei como estagiária nas disciplinas de Língua Portuguesa e Literatura em escolas da Rede Municipal. Durante a realização da faculdade, participei do Coral da Universidade e de projetos de leitura.
Após o término da graduação, participei como discente do curso de especialização “Língua Portuguesa: Novos Horizontes de Estudo e Ensino”(2006-2007) na mesma universidade. Concomitantemente, participei como colaboradora do projeto institucionalizado ( UPF) “ Memória e Identidade: um exame da escrita do aluno de Letras” coordenado pela Drª. Carme Regina Schons. Neste projeto, participei de diversas comunicações/publicações - como autora/coautora- em universidades estudando o discurso universitário a partir da Teoria da Análise do Discurso ( AD). Em seguida, no ano de 2008, passei na prova do Mestrado em Letras: estudos linguisticos e atualmente, sou discente e bolsista do/no curso. Atualmente, sou pesquisadora da linha da Análise do Discurso, analisando o discurso do Cpers/Sindicato, meu trabalho de dissertação(término em janeiro /2010).
Sou docente tanto na rede municipal quanto privada. Na rede municipal de Carazinho, atuo ( por meio de concurso público) desde agosto de 2007. Neste ano de 2009, fui convidada a trabalhar na EMEF Patronato Santo Antônio, com a carga horária de 20 horas. Ministro aulas de Língua Portuguesa e Literatura nos oitavos e nonos anos. As turmas são pequenas. O número de alunos não excede o número de 20 por turma ( exceto a turma 81). Alguns estudantes possuem bastantes dificuldades em ler, compreender/interpretar e produzir textos. Não conseguem ir além, inferindo informações sobre o que leram, faltando-lhes informatividade. Seus textos apresentam problemas que vão desde a coerência a problemas de coesão (retomadas pronominais, hipônimos, hiperônimos), falta de progressão. Não entendem a função/uso das classes gramaticais e da sintaxe no discurso. Não conseguem pensar como a língua funciona. Mas há também estudantes que vão além. Interagem, buscam informações, questionam sobre o gênero do texto e o produzem com perfeição. Conseguem refletir sobre a língua e entender o sentido da mesma. Por exemplo, no trimestre passado na turma 81/82 trabalhamos a sintaxe da oração. Os alunos aprenderam não a mera classificação do sujeito desinencial, mas a importância do seu uso na construção do texto, e passaram a usá-lo em sua produção escrita, retomando um sujeito já determinado anteriormente pela desinência do verbo.
Temos também no 8º ano, alunos que tem dificuldades de aprendizagem/ “limítrofes”. Neste sentido, sinto-me pouco preparada. Nem sempre, mesmo avaliando-os de forma diferente, consigo atingi-los.

Relato de Identificação do Cursista

Meu nome é Margarete Müller Batista, tenho 38 anos, sou casada e tenho uma filha de 7 anos. Ingressei na carreira do magistério em março de 1995, tendo prestado concurso em janeiro do referido ano para a Rede Municipal de Ensino de Carazinho.
No ano de 2001 fui nomeada para mais 20 horas, passando então, para uma carga horária de 40 horas.Há um ano, cursei pós-graduação em Psicopedagogia Institucional pela Portal Faculdades.
Atualmente, trabalho em três escolas da rede, sendo 16 horas com Orientação Educacional, 8 horas com Língua Inglesa e 16 horas com Língua Portuguesa.
Em Língua Portuguesa atuo em 2 turmas de 8º anos e em uma do 9º ano. São turmas compostas, de no máximo, 23 alunos; por não serem numerosas, de certa forma, facilitam o trabalho docente. Por outro lado, há vários casos de alunos que não demonstram interesse pelos estudos e não se dedicam às aulas. Fatos esses que desencadeiam uma série de dificuldades para o aprendizado da Língua Portuguesa. Muitos alunos apresentam deficiência em leitura, compreensão, interpretação e, em decorrência disso, também nos demais conteúdos do Plano Curricular. Outro fator que tem contribuído para o fracasso escolar, é o descaso das famílias em relação a seus filhos e o descomprometimento com a vida escolar dos mesmos. Entretanto, as escolas vêm desenvolvendo projetos que visam melhorar o rendimento escolar; muitas ações estão sendo tomadas para tornar a escola mais atraente e o estudo mais eficaz. Diante ás dificuldades não podemos cruzar os braços, temos de buscar soluções.