BEM-VINDO!!!

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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Depoimento sobre o Gestar II - pela cursista Sandra C. Tombini

O Brasil vive uma realidade assustadora: alunos chegam ao nono ano sem saberem entender os sentidos de um texto ou construí-lo. Isso é reflexo de uma série de fatores, mas prefiro não me estender nesta questão. Quero, como cursista do Gestar II e como professora de Língua Portuguesa e de Literatura da Rede Pública de Carazinho, tratar da questão do ensino de língua, questão tão trabalhada em nosso curso.
O nosso contexto conta com muitos profissionais que atuam no ensino de língua materna pautados numa linguística tradicional, entendendo que ensinar subdivisões de classes gramaticais e/ou fazer a análise sintática de uma frase é o essencial para que se aprenda uma língua. Muitos são relutantes em admitir que a língua não é estanque; outros enxergam as mudanças, mas não acham tempo, ou muitas vezes, recursos financeiros para realizarem uma formação continuada na área que atuam. Há ainda colegas bem mais experientes na profissão, que possuem uma bagagem enorme e, inquestionavelmente, muito valiosa, que se questionam sobre esse "novo jeito de ensinar português".
Amo diferentes linguagens, tanto que já fui cantora de coral e de festivais escolares, pianista, já fiz teatro, já quis ser fonoaudióloga, jornalista, amo cinema, música e literatura, principalmente o nosso Cosme Velho, Machado de Assis. Na adolescência, viajei à ilha de Paquetá através de "A Moreninha", local que, posteriomente, conheci "literalmente".
Sou uma professora que ao iniciar, quase desisti da profissão. Os subsídios que a faculdade me dera não me eram suficientes para chamar a atenção de turmas lotadas e cheias de problemas extraescolares(drogas, violência doméstica,fome etc.) que eu também tinha de enfrentar. Mas como sempre gostei de tudo que envolvesse diferentes linguagens e era concursada, resolvi ficar, mas eu não me acostumei...eu me preparei e ainda me preparo...
Preparei-me conhecendo teorias que surgiram a partir da linguística textual, chegando ao seguinte veredicto: decorar normas não é suficiente para que o aluno atue com e sobre a língua eficazmente, pois mesmo conhecendo todas elas, ele pode não ter domínio de compreensão e de produção textual de gêneros distintos.
Não quero afirmar que o conhecimento de gramática não é importante( algo que é muito mal compreendido por muitos professores que afirmam abolir a gramática), pois não podemos ler, escrever, ouvir ou falar sem que conheçamos a estrutura linguistica. O que quero frisar é que o ensino da nomenclatura não é suficiente, visto que para construir os sentidos de um texto, seja através da leitura ou da escrita, há necessidade de que se conheça a língua em uso, percebendo o seu funcionamento e os efeitos de sentido produzidos por ela. As aulas de língua devem trabalhar com fatos linguísticos, percebendo a língua como ela realmente acontece. Os manuais de gramática trazem apenas a norma perfeita, não levando em consideração que a línguagem não é homogênea.
Drummond no século passado disse que "Há uma pedra no meio do caminho". A linguista Irandé Antunes(2007) parafraseou a expressão e disse "Há uma pedra no caminho nas aulas de língua portuguesa". No livro "Aula de Português" sugere que os professores devam interessar-se em “ouvir” e “ver” sua língua acontecendo: nas conversas, nos debates, nos sermões, nos jornais, nas revistas, nos livros etc, analisando o que se diz, como se diz para demonstrar como realmente a língua funciona. Eis aí a proposta do Gestar II. Assim, tanto os professores quanto os alunos podem transformar-se em observadores da língua, podendo passar a discutir os efeitos de sentido construídos com a língua e tornarem-se juntos pesquisadores fazendo um estudo contextualizado da mesma, adquirindo tanto competência linguística como comunicativa.
O programa Gestar II é um programa de formação continuada - diferente dos programas de formação ministrados pela rede municipal - que vem ao encontro do estudo da língua de forma contextualizada auxiliando os professores a tirarem as pedras do meio do caminho de suas aulas. O material é excelente, trabalha o texto enquanto efeito de sentido entre/para interlocutores. Considera a língua não homogênea, translúcida, mas como heterogênea e opaca, já que dentro de um enunciado emergem diferentes vozes,significados distintos.
Os encontros são bons, há troca de material, de experiências.... onde nós, as professoras de língua, temos um momento para refletirmos sobre o idioma, não apenas como exercício de metalinguistica, mas contruindo reflexões, inferindo significados, construindo saberes necessários a nossa prática. Há também tempo de tomarmos nosso café, interagirmos sobre as aulas, mostrar nossos ganhos e também "chorar" pelas nossas perdas. Cada turma reage diferentemente às atividades. Uns aproveitam, outros nem tanto... Mas pelo menos alguns já ganharam.
O interessante do nosso grupo é que todos estão lá para aprender. Eu mesma, quase mestre em Linguistica, sei que pouco sei... Já retomei várias teorias, aprendi como aplicá-las, tranformando o conhecimento acadêmico, tão estanque, no uso na sala de aula, a partir dos materiais trabalhados. As colegas mais jovens na profissão, como eu, aprendem com as mais experientes, as mais experientes aprendem com as mais jovens. Todos tem a ganhar.
Temos de fazer nossos alunos amarrar os fios que estão dispersos no dicurso, fazendo uma rede em que um sentido convoque outros. Fazer com que leiam as diferentes ideologias que atravessam os textos, observando as relações de poder envolvidas. Assim, prepararemos nossas crianças para uma vida em que ler e escrever é simplesmente um "tudo" em suas relações sociais. Mas para tanto temos de estar preparados. Isso somente acontece com muito estudo e empenho. Vamos então à segunda fase do Gestar.

domingo, 27 de setembro de 2009

Trabalho do Gestar na sala de aula

Fotos da professora cursista Dianez Zanon, trabalhando atividades em grupo do Gestar na E.M.E.F. Dr. Piero Sassi. Uma turma dinâmica e participativa, que está sempre pronta a realizar as atividades propostas pela professora nas aulas de Língua Portuguesa.



terça-feira, 22 de setembro de 2009

Pauta: Dia 21/09 - Oficina 10 - TP5 - Unidades 19 e 20








*Escolha de um redator para registrar o encontro(Ata);
*Leitura e reflexão do texto "Pudim", por Martha Medeiros;
*Relato do "Avançando na prática";
*Analisar e resumir as unidades 19 e 20 em grupo elaborando uma apresentação;
*Realização da atividade prática da oficina em grupo, na página 257 a 259(elaboração de uma propaganda);
*Apresentação;
*Avaliação da oficina;
*Combinações.
Nesta oficina encerrou-se a primeira parte do Gestar II, sendo que o próximo encontro será no dia 05/10. As cursistas gostaram muito do texto da Martha Medeiros. A atividade de criação de uma propaganda foi divertida, todas gostaram e dedicaram-se, sendo que percebeu-se muita criatividade, e os comentários sobre o Gestar foram muito positivos, as cursistas estão gostando das atividades e aprovando o resultado com os alunos em sala de aula.

domingo, 20 de setembro de 2009

Fotos da Visita de Acompanhamento Pedagógico


Visita de acompanhamento pedagógico

No dia 08/09, terça-feira à tarde, nos dois primeiros períodos, a formadora realizou uma visita de acompanhamento pedagógico para a professora cursista Flávia Berté, na E.M.E.F. Rufino Leal, para conhecer sua turma e o trabalho que está sendo desenvolvido com o Gestar.
A turma era um sétimo ano, com 20 alunos. Percebeu-se que a turma é interessada, são participativos, críticos e estão interagindo muito bem com a professora e com as atividades propostas pelo Gestar. A aula desenvolveu-se a partir do TP5, unidade 19, sobre "Coesão textual", especificamente o "Avançando na prática" da página 162, uma atividade diferente e interessante, de produção textual coletiva, que motivou os alunos e os desafiou, sendo que interagiram bem, divertiram-se e gostaram muito da atividade proposta. Concluiu-se que a professora conduziu muito bem a realização das atividades, explicando e incentivando os alunos.
Todos os alunos e a professora foram receptivos e demonstraram ter gostado de receber a visita.

Dia 14/09 - Oficina de Orientação e Acompanhamento ao Projeto

Neste dia reuniu-se o grupo de Língua Portuguesa para a oficina de orientação e acompanhamneto ao projeto. Os trabalhos foram iniciados pela formadora com a apresentação do vídeo "O que é virtual"(já postado no blog) para uma reflexão e debate. Após, fez-se a apresentação do blog no grupo, já que algumas cursistas não haviam conseguido visualizá-lo. Todas comentaram ter gostado muito desta primeira parte da reunião.
No segundo momento, a formadora passou mais algumas informações sobre a realização do projeto e as professoras cursistas reuniram-se nos grupos para estudo, pesquisa e o registro dos seus trabalhos. Ao final, cada grupo entregou um esquema, um esboço do seu trabalho.
Este encontro foi muito produtivo.

Oficina Aberta - Palestra para as redes municipal, estadual e particular - Tema: Drogas

No dia 12/09, sábado à tarde, realizou-se no município de Carazinho um encontro de profissionais da educação de todo o município para uma palestra sobre "Prevenção ao uso de drogas", ministrado pela promotora do município e outros psiquiatras e psicólogos.
O grupo de Língua Portuguesa do Gestar, foi orientado pela formadora que a partir do tema da palestra desenvolvessem um plano de aula, isto é, atividades para serem realizadas com os alunos, visto que, as escolas municipais já tiveram também palestras sobre o assunto dentro do projeto "Crack nem pensar", e os alunos já estão interagindo com o tema.
Após, essas atividades serão socializadas no grande grupo, nas oficinas.
Conclui-se, que na realidade que vivemos hoje, este assunto é de grande importância e merece total atenção de todos, educadores, pais e familiares, autoridades e a sociedade no geral.

sábado, 19 de setembro de 2009

Pudim - Por Martha Medeiros

Não há nada que me deixe mais frustradado que pedir Pudim de sobremesa,contar os minutos até ele chegare aí ver o garçom colocar na minha frenteum pedacinho minúscula do meu pudim preferido.Uma só.Quanto mais sofisticado o restaurante,menor a porção da sobremesa.Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência,comprar um pudim bem cremosoe saborear em casa com direito a repetir quantasvezes a gente quiser,sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.O PUDIM é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.A vida anda cheia de meias porções,de prazeres meia-boca,de aventuras pela metade.A gente sai pra jantar, mas come pouco.Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.Conquista a chamada liberdade sexual,mas tem que fingir que é difícil(a imensa maioria das mulherescontinua com pavor de ser rotulada de 'fácil').Adora tomar um banho demorado,mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo,mas tem medo de fazer papel ridículo.Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD,esparramada no sofá,mas se obriga a ir malhar.E por aí vai.Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar',tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...Aí a vida vai ficando sem tempero,politicamente corretae existencialmente sem-graça,enquanto a gente vai ficando melancolicamentesem tesão...Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'.Deixar de lado a régua,o compasso,a bússola,a balançae os 10 mandamentos.Ser ridícula, inadequada, incoerentee não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.Recusar prazeres incompletos e meias porções.Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebeloue disse uma frase mais ou menos assim:'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem,podemos (devemos?) desejarvários pedaços de pudim,bombons de muitos sabores,vários beijos bem dados,a água batendo sem pressa no corpo,o coração saciado.Um dia a gente cria juízo.Um dia.Não tem que ser agora.Por isso, garçom, por favor, me traga:um pudim inteiroum sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order',uma caixa de trufas bem maciase o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente.OK?Não necessariamente nessa ordem.Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago . .

Este texto será trabalhado na abertura da oficina 10, dia 21/09, última da primeira etapa.

Texto de autoria de uma cursista sobre um vídeo trabalhado nas oficinas

Artigo de opinião:
(Sandra Roberta Catto Tombini)

Os limites educacionais: para onde vamos?

Qual é a capital do Brasil? Em que continente está localizado o nosso país? Quanto é oito multiplicado por quatro? E o feminino de cidadão? Nossos alunos estão saindo do ensino médio e estão sendo motivo de comédia em sites que divulgam seus insucessos escolares: o sol nos dá luz, calor e turistas; as aves têm na boca um dente que se chama bico; lenda é toda narração em prosa de um tema confuso; o Chile é um país muito magro e alto; a prosopopéia é o começo de uma epopéia... Essas são poucos de milhões de fragmentos divulgados pela banca de redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), as tão conhecidas e chamadas pérolas, que são anualmente divulgadas e somadas na/pela internet. Alunos chegam à Universidade ( e chegam, mesmo) sem saberem escrever um parágrafo que estabeleça o mínimo de sentido. Faltam-lhes informações mínimas quanto ao domínio das ciências exatas e humanas. De quem é a culpa?
A mídia divulgou, neste ano, a seguinte reportagem a partir de uma série exibida pela televisão “lições da escola”: Ministério da Educação adotou um sistema que permite ao aluno terminar os estudos aprendendo quase nada. Muitos mais não se conformam e estão fazendo de tudo para que seus filhos sejam reprovados.
É no mínimo gritante aos nossos ouvidos de professores uma informação dessas. Alunos chegam à quarta série sem saber ler ou escrever. E nós, professores, do Ensino Fundamental e Médio o que fazemos com eles?
Anualmente, encontro nos bancos escolares casos assim. . Alunos que mal apenas decodificam durante a realização da leitura. Como posso cobrar um texto que coeso e coerente? Como sou professora de língua materna e literatura, tenho de fazer um recorte e refletir sobre o que está acontecendo com o nosso ensino de língua. Há uma série de causas para que o ensino tenha tomado as proporções em que se encontra. Há aqueles que dão culpa ao governo, ao método de ensino ( como uma sala de aula quadrada) como o que vimos no programa televisivo; outros dão a culpa à família, aos professores, designando-os preguiçosos e incompetentes. Na verdade, o que existe é uma soma disso tudo, mas não podemos generalizar, achar que todos são assim. Temos de refletir sobre todo o contexto para chegarmos uma conclusão e tentarmos modificar o quadro de ignorância que hoje assola nossos estudantes.
Primeiramente, a criança precisa ser levada a querer a aprender. Os conteúdos não devem ser apenas repassados, mas trabalhados no uso e concretizados. A família também tem de fazer parte disso. Auxiliar nos temas, conferir a tarefa escolar, tomar a leitura, fazer continhas, contar histórias. A educação também é tarefa dos pais. Os alunos precisam estar comprometidos com sua educação. A realização de trabalhos deve ser tarefa diária e não trimestral ( quantas vezes temos de correr atrás de trabalhos para não zerar avaliações). Os professores precisam formar-se continuamente e aplicarem os conhecimentos adquiridos na sua prática pedagógica e fazer isso com tempo, com uma carga horária prolongada para planejamento. O aluno também tem de ser incentivado a estudar. Tanto os pais quanto os professores devem valorizar os ganhos do aluno e fazê-lo aprender com os fracassos.
Um grande “problema” também é alcançar o IDEB. Muitas secretarias querem a aprovação em massa para que o município/estado eleve seu índice e receba mais recursos. Sei que isso é excelente, pois aprovação também implica no desenvolvimento da escola que receberá mais recursos. Um país que tem um baixo índice de aprovação não recebe investimentos de multinacionais que se pautam por esses índices para se instalarem no país. Culpa dos professores?Culpa dos pais? Culpa dos governantes? Dos alunos? Do Método?
Não sei. E se alguém soubesse de fato, já teria informado. Cada um tem seu posicionamento, mas não conheço nenhuma tese que tenha mudado, efetivamente, o quadro que hoje nos encontramos. Só tenho certeza de que um índice de aprovação deve ser verdadeiro. Não podemos empurrar problemas “com a barriga”. O Joãozinho que não sabe ler no segundo ano não pode ser empurrado para o quarto somente por um índice. Os percentuais de sucesso na aprendizagem devem ser verdadeiros. Empenho dos pais, da escola, dos professores, do governo. O esforço tem de ser global. Não devem apenas as escolas serem culpadas pelos insucessos de suas crianças, de seus adolescentes. Há muitos sujeitos envolvidos nisso.
Não acredito que a reprovação vá traumatizar tanto assim. Muitas vezes ela serve para que um sistema dê-se conta de que a educação vai mal mesmo. Formações continuadas, carga horária reduzida para que o professor possa preparar com capricho a sua aula, empenho dos pais e dos alunos desde os anos iniciais ajudarão a reverter as situações calamitosas da educação.
Nunca mais esqueci da aula sobre a Revolução Francesa, dos ideais de liberdade, fraternidade e igualdade passados pela minha professora de História lá na escola pública que estudei em Chapada, RS. Certamente as ideias iluministas trouxeram muito acréscimo a minha vida. Também não esqueci de todas as vezes que, nos domingos, a minha mãe sentou comigo e com a minha prima para estudar conosco. Mas, não sei por que estudei os logarítimos, aprendi a classificar uma oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo. Aprendi ( e não decorei) o nome dos continentes logo no final do ensino médio, quando joguei “War” jogo de estratégia; porcentagem quando tive de calcular os juros da mensalidade atrasada da faculdade. Isso fez a diferença!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O que é virtual - Autor desconhecido

A realidade nua e crua na qual vivemos!

Próximo encontro Gestar de Língua portuguesa

Na próxima semana, dia 14/09, segunda-feira, às 18h, na SMEC, será realizada uma oficina de orientação e acompanhamento ao projeto. As cursistas já estão organizadas em grupos, já iniciaram os trabalhos de pesquisa, leitura e neste dia se reunirão para dar continuidade a este processo.

domingo, 6 de setembro de 2009

Pedagogia do Amor

Trabalho sobre a Nova Gripe

O vídeo da Turma da Mônica sobre a nova gripe, foi utilizado por mim, formadora, para trabalhar com gêneros textuais abordando este tema. O vídeo foi utilizado para introduzir o assunto, após os alunos trabalharam em grupos, elaborando cartazes com diversos tipos de textos pesquisados e trazidos de casa(reportagens de jornal, folhetos informativos, textos de revistas...). Depois da leitura, seleção dos textos e análise os alunos também elaboraram em grupo suas próprias produções textuais sobre o tema. Para finalizar o trabalho, cada grupo apresentou-se e fizemos um debate sobre as principais conclusões sobre o tema.
A turma de sétimo ano gostou muito da atividade, foi um trabalho interessante, todos empenharam-se muito e o mais importante é que descobriram novas informações e muitas dicas de prevenção. Os cartazes produzidos foram colocados no pátio da escola para que os demais alunos e outras pessoas também possam informar-se sobre o assunto. O próximo passo da atividade é produzir um folder informativo sobre a Gripe A na aula de informática para distribuir pela escola.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Se Liga Nessa - ( ação preventiva para evitar o contágio da gripe suína )

Avaliação da Oficina 9

O estudo das unidades 17 e 18 do TP5 foi realizado em dois grupos, assim como a atividade proposta para a oficina 9, análise de um texto publicitário. Os grupos sintetizaram a unidade, elaborando um cartaz e após apresentaram. Houve muito debate, reflexões e até aprendizado de alguns conceitos sobre os temas estudados, principalmente sobre a Estilística. As cursistas comentaram que gostaram muito dos textos e atividades propostas no TP, sendo que aplicaram várias com seus alunos. Comentou-se também que estabelecer a coerência e a coesão no texto é uma grande dificuldade dos alunos.
As professoras gostaram muito da mensagem em slide "Desejo o suficiente para você" e também do vídeo com a música "Trem de ferro", texto de Manuel Bandeira. Lemos e refletimos também sobre o texto "Aprendendo a ser com o outro", que foi levado por mim, formadora, em partes, para que o grupo montasse conforme achasse coerente.
Este encontro foi muito produtivo, e ainda as professoras cursistas fizeram comentários sobre a oficina aberta, e os trabalhos sobre os filmes. Para encerrar realizamos a avaliação da oficina.

Planos de Aula - Textos fílmicos - Atividades da oficina Aberta

Plano elaborado por Sandra Roberta Catto Tombini
Plano de aula – Gestar II

Plano de aula: Crescer dói: a paternidade na adolescência
9º ano do Ensino Fundamental
Duração: 4períodos

1. Objetivos:
*motivar o aluno para o tema da unidade;
*refletir sobre os desafios que os adolescentes quando pais precocemente sofrem, valendo-se de diferentes gêneros de textos ( filme/ artigo)
*desenvolver estratégias de leitura: a questão da previsibilidade, conteúdos implícitos, relações de causa, conseqüência, espaço e tempo;
*comparar textos, buscando semelhanças e diferenças quanto às idéias apresentadas;
*desenvolver habilidades de leitura e escrita, a partir de orientações feitas acerca da pontuação;
*ler por prazer;
*observar os efeitos do uso de expressões que revelam a posição do sujeito;
*construir um parágrafo argumentativo sobre a temática.

2.Conteúdos:
*leitura, compreensão, interpretação e produção textual.

3. Estratégias de trabalho:
As aulas serão desenvolvidas com o apoio de folhas xerografadas, filme, quadro verde e giz.

4. Textos a serem usados:
*filme
*artigo de opinião

Planos de aula
Plano de aula 1
Períodos: 2
Data:__/__/__

1. Objetivos:
*assistir ao filme Cidade dos Homens;
*observar as ideologias que atravessam o texto, formando posicionamentos;
*observar as variantes lingüísticas no discurso das personagens.

2. Conteúdos: leitura, compreensão/interpretação, variação linguística.

3. Desenvolvimento: assistir ao filme “Cidade dos Homens” de Paulo Morelli ( 116 min.). Falarei que o filme trata do seguinte assunto: aos 18 anos, Laranjinha e Acerola estão prestes a ingressar na vida adulta. Questões como filhos, mulheres e emprego, bem como as responsabilidades relacionadas a esses assuntos, permeiam as aventuras dessa dupla de amigos que mora na favela Cidade de Deus, no Rio de Janeiro.
Após os alunos assistirem ao filme, focarei a discussão na paternidade precoce. Refletiremos sobre as personagens Acerola e Cristiane, pais adolescentes. Trataremos também do desejo de Laranjinha conhecer o pai. Dividirei a sala em três grupos. Cada grupo deverá defender seu posicionamento sobre as seguintes questões ( entregues em uma folha para cada grupo)
G1: Apesar do filme trazer no enredo a questão da violência e do tráfico de drogas, a temática que fica mais evidente é a da paternidade. De acordo com o filme, de que Acerola sente falta depois de ter sido pai? E vocês? Se fossem pais precocemente, do que sentiriam falta?

G2) Um dos maiores sofrimentos da personagem Laranjinha é não ter conhecido o pai. No reencontro, quais são os sentimentos que emergem? Há uma frase que circula na sociedade que “Pai é aquele que cria”. Vocês concordam com essa afirmação?

G3) Quando Cristiane vai embora para São Paulo, deixa o filho com Acerola. Na sociedade atual, geralmente, os filhos ficam sob a guarda da mãe. Vocês acham que Acerola foi um bom pai? Quais foram as ações dele que justificam a sua resposta?

G4)Que tipo de pai buscam os meninos Laranjinha e Acerola? Filhos abandonados, ao reencontrarem seus pais, reencontram que perfil de pais? Por que você possui esse posicionamento?

Aula 2
Plano de aula 2
Períodos: 2
Data:__/__/__

1. Objetivos:
*ler e compreender o texto lido;
*exercitar a leitura, observando a expressão oral;
*contar oralmente o que foi lido;
*perceber o sentido que se constrói com as palavras no texto;
*interpretar as idéias;
*produzir parágrafo argumentativo, reunindo os fios do discurso.

2.Conteúdos:
*leitura ;
*compreensão e interpretação;
*estudo do vocabulário;
*texto argumentativo(Os órfãos de um país atrás da autoridade do pai-ZH)

Apresentarei o seguinte questionário:
1)Qual é a relação do título com o texto? Por que se pode considerar essa relação possível?
2)No primeiro parágrafo, o jornalista trata de um fato que aconteceu ao longo da história que colabora para o entendimento do parágrafo. Qual?
3)Ao longo do primeiro parágrafo, o autor cita duas figuras importantes do Brasil, o ex-presidente Getúlio Vargas e o atual Luís Inácio Lula da Silva. O que ele diz a respeito deles? Em que essas duas figuras importantes ao país assemelham-se?
4)Observe o enunciado: “... e sustentado pelos órfãos que nele votaram em busca do pai da nação”. A que parcela da população o jornalista remete-se? Por que essa parcela sentia-se órfã? Para responder a essa questão é necessário remeter-se também ao contexto brasileiro.
5)O jornalista compara o povo órfão que votou em Lula e Getúlio aos meninos Laranjinha e Acerola. Em que eles se assemelham?
6)Qual é o sentido construído pela expressão “ a lei do cão”? Transcreva o enunciado ( neste parágrafo) explica tal expressão?
7)No segundo parágrafo, o jornalista começa a refletir sobre a realidade a que se assemelha a ficção “Cidade dos Homens”. Apresenta como vivem famílias cujos pais não se fazem presentes e/ou não agem como chefes de família (por má índole ou necessidade).
A)Segundo o texto perfil de pais os filhos desamparados gostariam de ter?
B)Que perfil de pai sonham Acerola e Laranjinha?
C)Que palavra estabelece a relação de oposição/adversidade entre o pai que Acerola e Laranjinha buscam e aquele que eles não buscam?
8)O jornalista afirma que Laranjinha ganhou um pai tão órfão quanto ele. Por quê? Para responder a essa questão é necessário valer-se da leitura realizada do filme “Cidade dos Homens.
9)Em “Acerola, mais pragmático, nem se preocupa em restaurar a figura do pai. Qual é o sentido de “mais pragmático”? O que no contexto do garoto confirma essa afirmação do jonalista?
10)Explique a expressão “qualquer caminho é caminho” (3º parágrafo).
11)Explique a expressão “ Na projeção pode estar a salvação”.
12)O autor afirma que Laranjinha e Acerola são amargas metáforas de criaturas à deriva. Explique o uso do termo metáfora.
13)Freud, psicanalista famoso, teoriza sobre complexo de Édipo. O complexo de Édipo caracteriza-se por sentimentos contraditórios de amor e hostilidade. Metaforicamente, este conceito é visto como amor à mãe e ódio ao pai, mas esta idéia permanece, apenas, porque o mundo infantil resume-se a estas figuras parentais ou aos representantes delas. Uma vez que o ser humano não pode ser concebido sem um pai ou uma mãe (ainda que nunca venha a conhecer uma destas partes ou as duas), a relação que existe nesta tríade é, segundo a psicanálise, a essência do conflito do ser humano. O menino tem o desejo de ser forte como o pai e ao mesmo tempo tem “ódio” pelo ciúme da mãe. A menina é hostil à mãe porque ela possui o pai e ao mesmo tempo quer se parecer com ela para competir e tem medo de perder o amor da mãe, que foi sempre tão acolhedora (http://pt.wikipedia.org/wiki/Complexo_de_%C3%89dipo#Conceito_em_psican.C3.A1lise).
A partir disso reflita sobre o contexto de Laranjinha e Acerola.
14) Observando os estudos realizados sobre o gênero do texto estudado, que caminhos o jornalista faz para escrever o que diz. Remeta-se ao texto para responder a essa questão.
15) Agora é sua vez:
O texto acima nos apresenta diversas situações, mesmo figurativas, da falta paterna. Muitos adolescentes hoje já são pais. Observe o trecho da notícia abaixo:
Um menino inglês de 13 anos se transformou em um dos pais mais jovens do Reino Unido após sua namorada, de 15, dar à luz a pequena Maisie, publicou nesta sexta-feira (13) o jornal "The Sun". https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQwJLk2bFTbQvGfW9WwzyR1q3eUAlBs_zVIwSA6nFh-XAyCAvmCwJfhTWm1DmwSKDqsxxst-suPPpruIrIHRE7pWvxPsuych5C0RLeUoGq7L9j6nkCwU68qTZc7P9INCFUGvL9J0coPMI/s1600-h/pai+aos+treze+anos.jpg ( acesso em 29/08/2009)

A partir do que refletimos, reflita:
É possível assumir atitudes paternas na adolescência? Que conseqüências uma gravidez precoce pode causar na vida do pai e do filho?
Responda a essa pergunta a partir de um parágrafo argumentativo( padrão). Lembre-se de introduzir a temática, desenvolvê-la por meio de argumentos e, por último, amarrar o discurso num fechamento. ( nº mínimo de linhas 12).